terça-feira, 7 de novembro de 2023

 


Imagem copiada do Le Monde

Curiosidade

Vá lá uma pessoa entender os tomarenses que lêem. Alguns, pelo menos. Alegam por vezes que Tomar a dianteira 3 é "muito virado para dentro, só fala de Tomar, como se não houvesse mais país". Procurando alargar horizontes, publicou-se há dias uma notícia municipal de Marvão, sobre a Festa da Castanha, com quatro toneladas da dita e mil litros de vinho, tudo oferecido pela Câmara, a um euro a entrada, a favor dos bombeiros voluntários. A  notícia teve até agora apenas 53 leitores. Uma lástima. Se calhar, porque quatro toneladas de castanha, mil litros de vinho e um euro cada entrada, é tudo demasiado pequeno, mixuruca e sem interesse, para os leitores de uma terra onde é evidente a mania das grandezas, excepto nas obras públicas, onde a megalomania se fica pelo valor final da empreitada.
Seja ou não o caso, precavendo-se, Tomar a dianteira 3 virou-se para algo mais cosmopolita e de muito maior dimensão:

"MARATONA DE NOVA IORQUE: 

O lado obscuro da corrida"


Guillemette Faure, Le Monde online, 06/11/2023, artigo reservado aos assinantes

"...Dado que os corredores de partida estão nos dois níveis da ponte Varrazano-Narrows, correu durante muitos anos o boato que os atletas do nível inferior corriam o risco de ser regados pelos que se aliviavam na parte de cima.
Talvez para acabar com esta lenda, ou também para justificar a inscrição na corrida, que custa 300 euros por atleta, a organização da Maratona de Nova Iorque tem vindo a aumentar os sanitários portáteis instalados no local de partida. Este ano foram mil e quinhentos.
Enquanto isto,  Dimken Donuts, patrocinador da corrida, encarrega-se de distribuir 50 mil cafés e 6 mil chás, aos corredores com a respectiva bexiga já sobrecarregada."

A reportagem é muito mais longa, focando entre outros aspectos as toneladas de roupa diversa contra o frio, deitada fora pelos atletas durante o percurso, e depois entregue a organizações de caridade.
Tomar a dianteira 3 julga oportuno realçar dois aspectos:

1 - Mil e quinhentos sanitários à disposição, no local de partida dos 50 mil atletas inscritos;
2 - 300 euros cada inscrição = 15 milhões de euros de receita, mais os patrocínios.

Quantos sanitários portáteis foram alugados para a Festa dos tabuleiros 2023? Para quantos visitantes?
15 milhões de receita. Quanto pagam os atletas das 3 Léguas do Nabão, por exemplo?

Os americanos são mesmo uns mentecaptos. Só pensam em ganhar dinheiro. O melhor será convidá-los, no âmbito da NATO, a virem a Tomar, aprender como é que se gastam milhões de euros do orçamento público, com muito menos trabalho e melhores resultados eleitorais.

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