Formação profissional
Só nos faltava mais esta
Respondendo a Tiago Carrão, do PSD, o socialista Hugo Cristóvão parece ter perdido a noção daquilo que nunca deve ser dito, pelo menos em público. Admitiu que a Escola profissional de Tomar pode acabar, e que se isso acontecer será por causa da concorrência desleal da escola pública, que oferece cursos mais aliciantes. (Clicar no link supra.)
Só nos faltava mais esta. Um autarca socialista, formado no PS, professor dos quadros do Estado, a condenar o dinamismo do ensino público, como se a Escola profissional de Tomar, onde a Câmara é sócia maioritária, fosse uma instituição privada exemplar a proteger.
Ao que se chega, tentando justificar a óbvia incapacidade para se adaptar ao mercado do ensino e formação profissional.. Porque afinal, foi isso mesmo que acabou por acontecer. Muitos anos após o desmantelamento por decreto das escolas técnicas, forçado pela Comissão europeia, o governo socialista determinou a implementação de cursos profissionais variados nas escolas secundárias. Decisão inevitável, que só peca por tardia, tendo em vista o ensino superior politécnico e a evidente carência de jovens profissionais qualificados no mercado laboral.
Hugo Cristóvão está no certo, quando afirma que "Não podemos obrigar os alunos a escolher aquilo que não querem." Omite porém, intencionalmente ou não, um dado essencial: Não é necessário ser especialista em educação, basta viver em Tomar durante algum tempo, para entender que a escola profissional local sofre da mesma síndrome do Politécnico: -a impropriamente chamada "panelinha", quando afinal se trata de "tachos". Dito de forma mais clara: a óbvia incapacidade para contratar os melhores, temendo que possam vir a pôr em causa os medíocres da instituição. Donde resulta um cardápio de opções de pouca qualidade, que em vez de atrair candidatos discentes os afasta. Todos gostamos muito de batatas com bacalhau. Todavia, quando a escolha se resume, em termos de qualidade formativa, a batatas com bacalhau ou bacalhau com batatas, os candidatos, uma vez lido o menú, calçam rapidamente os patins, ou saltam para cima do skate, rumando a outras paragens mais acolhedoras, porque de maior arcaboiço cultural e portanto de mais ampla escolha..
Prisioneiros da sua síndrome, os dirigentes da Escola profissional de Tomar, tal como os do Politécnico, não souberam ou não puderam até agora, alargar o leque formativo proposto, adaptando-o às necessidades e preferências da região, por razões que só eles poderão explicar, se souberem.
O Politécnico de Leiria e as escolas profissionais de Ourém e Caldas da Rainha, por exemplo, virados para a hotelaria, restauração, turismo, hospitalidade e novas tecnologias, aí estão de vento em popa, a mostrar que há caminhos a percorrer, com èxito crescente, na formação profissional, com competência, humildade e ousadia. Mas é muito mais fácil, em vez de admitir e emendar erros e omissões, justificar o falhanço com alegadas ações mal intencionadas dos outros, neste caso do sector público, ou seja do próprio governo socialista. Por favor, cessem quanto antes a exibição deste filme ridículo e mal enjorcado.
Aqui é a politica do quanto pior melhor ,pois urge desocupar o espaço para nele implementar outra entidade já criada á espera de libertação do espaço !
ResponderEliminarA escola de hotelaria pode acabar mas os tachos as açordas e caldeiradas vão continuar e para que tudo esteja perfeito nada como uma boa pintura para receber os novos ingredientes .
Essa questão do futuro museu privado que até já tem director, está praticamente resolvida, com a transferência da Escola Profissional para o antigo CNA. A fuga dos alunos só vem complicar a situação, uma vez que é muita despesa para pouca coisa. Pior só mesmo os tabuleiros, mas aí dizem que é para cumprir a tradição e promover Tomar, enquanto a escola profissional são poucos tachos e cada vez menos alunos, o que não promove coisa nenhuma. Só despromove a reputação da escola e da Câmara.
EliminarTachos para o museu ,serão para começar e presentes no jantar da inauguração .
ResponderEliminarO diretor ,o subdiretor , o tesoureiro , três secretários pelo menos e ainda os assessores ,depois olha-se á volta e procuram-se amigos, familiares amigos dos amigos, primos, cunhados e sobrinhos dos familiares e está composto o ramalhete para funcionar um museu !