segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

 

Festa dos tabuleiros, anos 60 do século passado

Autarquia - Economia política

Não dá para adiar durante muito mais tempo

"Àparte esta característica, outra bem mais danosa para o país está presente nesses documentos. Quando se comparam o PEC IV e o OE para 2022, há um denominador comum: o medo do PS às reformas. Um governo PS pode cortar despesa e impor a austeridade, como acontecia no PEC IV, pode ter como principio fundamental as chamadas contas certas, como acontece neste OE, mas recusa qualquer reforma. E recusa porque não pode – tem medo de perder o voto dos dependentes do Estado – e porque não quer: reformar o pais implica tornar os portugueses menos dependentes do Estado, logo diminuir o poder de uma máquina que o PS controla de cima abaixo. 

Em 2011, o PS no PEC IV impunha ao país a austeridade sem fazer uma única reforma. Em 2022, o PS ilude a estagnação fazendo de cada português um potencial apoiado, subsidiado ou dependente do Estado. O chumbo desses documentos não foi um problema para os portugueses mas sim para o PS que, qual ilusionista, se sentiu momentaneamente desapossado da varinha mágica." Helena Matos https://observador.pt/opiniao/a-importancia-do-bluff-em-politica/

Concordando ou não com a articulista, forçoso é aceitar que está a ver bem o problema. Vindo agora do nível nacional para o concelhio, em Tomar a situação é semelhante. A maioria local recusa reformas pelos motivos já apontados, assim se tornando especialista na distribuição de benesses de toda a ordem, visando manter a clientela que lhe permite continuar no poder.

Mas enquanto que para o país, os recursos europeus são praticamente ilimitados, mais reforma menos reforma, ao nível local o panorama é outro. O governo terá de cortar cada vez mais nos recursos para as autarquias, condição sine qua non para poder sobreviver sem irritar demasiado os europeus do norte, das "putas e vinho verde", e cada concelho terá de transitar forçosamente da habilidade para gastar à capacidade para gerar riqueza. Tal é o principal desafio tomarense: Há recursos. Urge aprender a rentabilizá-los. Quanto mais tarde pior. Seja qual for a maioria no poder, em Tomar e/ou em Lisboa. Milagres era em Fátima, noutros tempos. Até isso já mudou.

3 comentários:

  1. Não é só o PS que tenta seduzir o eleitorado dizendo-lhes o que eles querem ouvir. O CHEGA promete a reforma mínima igual ao salário mínimo, para quem trabalhou a vida toda mas não descontou!!!!!!!!!! Ou descontou pouco!!!!!! O CHEGA, que é um partido disruptivo do sistema e que se diz liberal na economia mas querem continuar com os subsídios á TAP e com a mesma na esfera do estado!!! A malta em Portugal gosta de ser iludida, não quer ouvir a verdade, e se forem precisos sacrifícios que os façam os outros!!!!

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    1. Não é só o PS, mas em Tomar os socialistas pouco mais sabem fazer que comprar votos. E até nisso exageram. Em 2021 os subsídios directos dados às colectividades foram superiores ao dobro de qualquer outro concelho da região. Até de Ourém, que tem mais população. O mesmo aconteceu com as musicadas no Mouchão.
      Porque temos mais recursos? Ou será simplesmente má gestão?

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  2. Milagres , milagres talvez daqui a vinte anos , ou seja acaba o ps e depois os que lá estão do psd na posição de oposição irão para lá mais quinze anos , não tenham ilusões!!!

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