domingo, 23 de janeiro de 2022

 

Aspecto de Granada (Espanha), vendo-se a Alhambra (3 milhões de visitantes anuais, contra 290 mil no Convento de Cristo) e a Serra Nevada

Política local - Planeamento - Turismo

Turismo popular ou turismo de luxo?

Correndo uma vez mais o risco de enfastiar os meus queridos conterrâneos, pelo que desde já peço desculpa no caso de,  decidi insistir na abordagem de questões ligadas ao  turismo. Agora a partir do diário espanhol EL PAIS. Caso consiga ler e entender castelhano, faça favor de clicar:
https://elpais.com/economia/2022-01-23/el-uso-de-los-fondos-europeos-reaviva-el-debate-sobre-el-futuro-del-turismo.html
Segundo maior mercado europeu de turismo, Espanha tem milhões de euros de fundos europeus para distribuir nessa área, o que naturalmente provoca rivalidades de vária ordem. Eis uma parte do que relata o periódico espanhol, pela pena do jornalista Hugo Gutiérrez:
"O lobby turístico Exceltur  é um dos mais beligerantes no sentido de se elaborar um plano estratégico para a indústria turística. Sustenta que se deveria dedicar uma parte importante dos fundos europeus à renovação dos destinos maduros do litoral espanhol, que concentram 70% da actividade, e precisam de uma actualização para se manterem fortes a longo prazo. Com o formato actual de repartição dos fundos, afirma a Exceltur, está-se a investir em projectos de pouco potencial, e não nos de maior alcance.
É precisamente neste ponto que se situa a questão de fundo. Em parte sobre a quantidade de fundos a injectar. Mas sobretudo àcerca do que se pretende para o futuro: apostar no turismo de massa -com gastos menores- ou num modelo premium e de alto valor?
Em Tomar, estas e outras questões sobre o nosso futuro colectivo, assemelham-se a discussões teológicas, durante um concílio. Aborrecem os eleitos e não interessam aos eleitores em geral. Mas também, que se pode esperar de um executivo municipal que leva mais de 5 anos anos para requalificar uns simples sanitários públicos?
Em Fortaleza, no Nordeste brasileiro, uma das regiões mais atrasadas do Brasil, um país dito do 3º Mundo, edificam prédios de 30 andares e 240 apartamentos em menos de 3 anos. Mesmo com o Bolsonaro em Brasília.

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