segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Um bocadinho de clima quente - 2

Pensando nos conterrâneos a padecer com o frio invernal, Tomar a dianteira resolveu enviar mais algumas imagens do verão de Fortaleza. Para as obter foi percorrer parte da beira-mar. Contrariando o habitual, que é fazer a caminhada à tardinha, saiu por volta das oito meia  da manhã. Aqui vai parte do resultado:



Falou-se no outro texto de uma guia para invisuais, recurso que não existe ainda em Tomar. De tal forma que ao princípio pensei que era um indicação exterior das "calhas técnicas". Afinal trata-se de um auxílio para invisuais. Uma linha estriada a indicar percurso normal. Mosaicos com círculos para indicar cruzamento ou mudança de direcção.

 


O painel indica a hora e a temperatura

 Deste lado a avenida Beira-Mar e o calçadão, do lado de lá a areia e o mar...

 São muitas as esplanadas na areia, sob as árvores. O mais conhecida é a Barraca da boa, no primeiro plano.

Aos domingos de manhã, a feirinha de artesanato tem este aspecto. Está tudo fechado.



 Ao contrário do que garatujou aqui há tempos um anónimo labrego nabantino, que falou de uma espécie de Reboleira, Fortaleza tem muitos recursos, tanto na área da cultura (Centro Cultural Dragão do mar) como do desporto.



Além das barracas de praia, abundam os vendedores ambulantes de água de coco gelada, que na verdade não são nada ambulantes. Já por ali estão há mais de 30 anos, no caso dos mais antigos. Como o amigo Icaraí, com o seu típico chapéu nordestino, de couro.

Frente aos vendedores ambulantes, do lado oposto da Avenida Beira-mar, este é o imponente Othon Palace Hotel, um dos melhores de Fortaleza. Nesta altura do ano, segundo o site do hotel, um quarto de casal fica por 95 euros cada noite, incluindo o café da manhã, o nosso pequeno almoço.
Há também a hipótese de comprar um dos apartamentos situados no edifício. Um T 1 mobiliado (como se diz por aqui) pode custar entre 80 mil e 100 mil euros. Depois há que pagar o condomínio (entre 250 e 375 euros/mês), que inclui água, gás, limpeza, portaria, vigilância 24 horas e lugar de garagem, mas não a energia eléctrica (entre 50 e 60 euros), quando se usa muito o ar condicionado).
Acrescenta-se o IMI e o Laudémio. Além de se pagar aquando da escritura, como o ITBI, que é de 3% sobre a avaliação do imóvel, o laudémio é um aluguer anual a pagar à Marinha do Brasil, proprietária de todos os terrenos costeiros do país, até 40 metros da maré alta.

E conclui-se com mais três imagens da Praia do Meireles. Como se pode ver, espaço é coisa que não falta:






4 comentários:

  1. É bonito. Tenho invejita. Também gostava, mas sou um farroupilha, não do Rio Grande do Sul. Esse Nordeste tem um reverso farroupilha, que nada tem a ver com estas lindas imagens. Fala-nos do reverso nordestino - farroupilha concerteza. E da cambada de sacanas que governam esse belo e espetacular Brasil.

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    1. Inveja de quê? É como já escrevi anteriormente: tirando a TAP, que pode custar entre 900 e 1300 euros ida e volta,em função da data e do dia da semana, o resto está praticamente ao alcance de todos E agora com o euro a mais de 4 reais, ainda melhor.
      Ontem fomos buscar o almoço: carne de porco assada na barsa, linguiça assada, batata frita e arroz. A peso. Tudo por 36 reais, o que dá como custo 4 euros e meio por pessoa.
      No sector do alojamento, há por aqui muitas pousadas modestas, não muito longe do mar, a preços que desafiam toda a concorrência: 40 reais/noite, ou seja 10 euros, num quarto com chuveiro. Queres melhor?
      Sobre o reverso e os sacanas, aqui sou estrangeiro meu amigo. Mas mantenho-me educado. Nunca criticarei publicamente os donos, quando estou em casa alheia. As boas maneiras ficam bem em qualquer lado.
      Aquele abraço, com dizem neste imenso país.

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    2. Tens toda a razão no penúltimo parágrafo. É uma questão de bom senso, que escasseou no meu comentário. Desculpa a trauliteirice.

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  2. Não tinhas que pedir desculpa. Não me pareceu que fosse trauliteirice. Apenas um ponto de vista não coincidente com o meu. Mas mesmo que tivesses entrado pela traulitada, estavas no teu pleno direito. Vivemos em democracia pelo que cada um, desde que assine o que escreve, pode dizer o que bem entender.
    Aproveito para salientar que, conforme escrevi, em casa estranha procuro manter a boa educação. Mas não passo a ser cego.

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