sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Obras de manutenção na Sinagoga

Uma notícia intrigante

Sem mais nem porquê, a senhora presidente lastimou-se publicamente que as obras em curso na Sinagoga decorrem a um ritmo demasiado lento. Usou um tom discursivo a revelar alguma pressão, ignora-se se relacionada com o próprio tema, ou com matérias diversas. Certo é que as suas afirmações questionam, em vez de esclarecerem.

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A ideia de reunir com representantes da empresa adjudicatária, para pedir o incremento do ritmo de trabalho, revela uma faceta até agora menos conhecida do executivo tomarense -nem sequer cumpre com os procedimentos normais da administração pública. Com efeito, mandam as leis e os costumes que, quando uma empresa não cumpre prazos, devido a imprevistos vários, ou porque os seus trabalhadores andaram antes a encanar a perna à rã, a entidade pública levanta um processo, que geralmente culmina com uma multa mais ou menos pesada, consoante os factos. É designadamente para isso que há uma fiscalização.
Aqui em Tomar, pelo contrário e ao que se constata com alguma surpresa, a autarquia resolveu ir pedir batatinhas, decerto após a sua fiscalização ter reportado que a empresa contratada anda a engonhar. Falta agora saber -e seria importante apurar- porquê e em relação a que calendarização. Tudo isto acompanhado, bem entendido, por uma eventual informação da referida sociedade. Caso isto não venha a ser feito, vai avolumar-se o rumor que por aí circula há anos, segundo o qual praticamente só empresas com graves dificuldades, quase já no fim da linha, é que aceitam apresentar propostas para obras do Município de Tomar. Elas lá sabem porquê.




















3 comentários:

  1. Porque não procuravam criar vínculos de estacionamento, os judeus (as comunas) evitavam bens imóveis, e ostentação para não provocarem inveja junto dos árabes e cristãos. As comunas pobres (seria o caso da de Tomar(?) alugavam uma casa simples para oração e, especialmente, estudo comunitário. Aliás, é praticamente nula a arquitetura judaica. Parece ser o caso em Tomar.

    Não vislumbro, no meu fraco entendimento, qualquer complexidade nas obras de restauro dessa casa que justifique a demora, a não ser que o armário, os rolos da Tora, o lampadário, o estrado alto, etc. estejam também em restauração.

    Coitada da presidenta... Mal abre a boca...

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    1. Desde o início do processo que Tomar a dianteira vem alertando para os custos exagerados da empreitada, para os quais não se vislumbra explicação idónea. Por conseguinte, é bem possível que a demora engendrada tenho como fito justificar as verbas implicadas. Porque há cada vez mais cidadãos a saber fazer contas e mais de 200 mil euros é mesmo muito dinheiro.
      Sobre a arquitectura, o que resta da sinagoga tomarense, tanto quanto se sabe cerca de 50% da edificação original, é uma réplica da cripta da colegiada de Ourém. A não ser que a réplica seja esta última. Sem o túmulo do 1º conde de Ourém, como é óbvio.

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  2. Para não ser mal interpretado no comentário acima, quando escrevo "Mal abre a boca..." deixo implícito que lhe cai um chorrilho de críticas.

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