Tomar na rede noticiou que a ERC, Entidade Reguladora para a Comunicação Social, resolveu arquivar uma queixa do líder da TomarTV contra o semanário Cidade de Tomar. Era uma querela bizantina que, segundo Tomar a dianteira 3, permite concluir duas coisas. Por um lado, que há imensa gente nova incapaz de compreender cabalmente textos de índole irónica ou humorística, como era o caso. Por outro lado, que com tais ritmos de trabalho, realmente nunca mais vamos conseguir sair da cepa torta.
Quanto a incapacidade para entender e/ou aceitar a crítica satírica, o director de TomarTV não ficou nada bem na fotografia. Demonstrou que tem um ego sobredimensionado, mas padece de falta de tolerância. E mais não se diz, que o cidadão é jovem e pode vir a ter um largo futuro. Apesar de tudo.
Já o desenrolar do processo merece referência mais detalhada. Cidade de Tomar publicou a peça em causa na edição de 02 de Dezembro de 2016. O cidadão que se sentiu ofendido apresentou queixa cinco dias depois. A entidade recorrida solicitou informações ao semanário acusado três meses mais tarde, em 09 de Março de 2017.
Por aquelas bandas, ou há excesso de queixas, ou excesso de lentidão nas tarefas. Cidade de Tomar respondeu vinte dias mais tarde. Entretanto tinha havido uma falhada tentativa de conciliação, patrocinada pela ERC, em 16 de Março de 2017
Solicitada, ao semanário em causa, prova da existência da alegada coluna humorística, em 04 de Julho de 2017, o director, António Madureira, respondeu em 13 do mesmo mês. 28 dias mais tarde, em 11 de Agosto, a entidade recorrida deliberou arquivar a queixa, que realmente era redonda -sem ponta por onde se lhe pegar.
Por razões que se desconhecem, só agora, cinco meses passados, Tomar na rede resolveu noticiar o diferendo e a respectiva decisão final.
Oito meses para deliberar em matéria tão simples, mais cinco meses para tomar conhecimento do desfecho, caso para dizer mal empregado tempo. Mas também que, com tal ritmo, é mesmo uma sorte Tomar não estar muito pior.
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