sábado, 29 de outubro de 2016

Precisa-se parteira-vereadora-parteira

Estranharam alguns leitores aquela notícia comentada da eleição de Zézé Parteira para vereadora na Câmara Municipal de Caruaru, no Estado de Pernambuco, Brasil, aqui publicada. Não viram qualquer interesse na mesma, nem qualquer relação estreita com Tomar, ou mesmo com o país. O que faz a distância! Para mim, a relação é tão óbvia que até resolvi omiti-la. Disse para os meus botões: -Se mesmo tu, que estás bem longe de ser uma inteligência, consegues estabelecer a relação Parteira Zézé-Tomar, os teus conterrâneos, sobretudo aqueles de fresca data, que se julgam ainda  mais nabantinos que os nascidos à beira do Nabão, não terão qualquer dificuldade em entender isso e muito mais. Como tu bem sabes, por experiência própria, duramente adquirida ao longo de mais de meio século.
Fiquei portanto, como se calcula, algo confuso ao ser confrontado com a supracitada estranheza. Mas pronto. Estranharam, estranharam. Resta agora explicar, esperando conseguir fornecer claridade aos ainda no escuro. Que devem ser bem poucos, numa terra em que somos todos tão inteligentes. Entre outras qualidades...

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Na minha tosca opinião, não haver partos no Hospital de Nª Srª da Graça, é no mínimo uma contradição nos termos. Porque é uma desgraça. Com a população concelhia a diminuir a olhos vistos, como querem reverter tal situação, se em Tomar já não nasce ninguém? Há Abrantes, bem sei. Mas não é a mesma coisa. E coloca, entre outros, um problema que continua por resolver. Quando acidentalmente, como já sucedeu, um nasciturno vem ao mundo numa ambulância, devido à circunstância estacionada a meio da barragem do Castelo do Bode, qual virá a ser o seu local oficial de nascimento? Tomar? Abrantes? Escolhem os pais? Está mal, porque não se nasce impunemente em sítio nenhum. Muito menos em Tomar. E se foram os pais a escolher, mais tarde coitados deles! Confesso, a esse propósito, que ainda hoje sofro de uma carência. Não compreendo o que levou a minha mãe a parir-me em Tomar. 
Mas a principal relação entre a pernambucana Mãe Zézé e Tomar, para mim, não é sobretudo essa dos partos onde calha. É antes a da premente necessidade de haver em Tomar, no mínimo, ou uma vereadora-parteira-vereadora, ou uma parteira e uma maternidade em condições.Como já houve. Não só para tentar estancar, com algum êxito, a até agora inexorável diminuição da população. Também e sobretudo para ver se finalmente, com uma vereadora eleita e habilitada, tipo Zézé, ou com parteira e maternidade ao dispor, autarcas, políticos, candidatos a políticos, treinadores de bancada e gestores de mesa de café, logram finalmente parir as ideias e soluções que desde há anos garantem ter para Tomar, mas que ninguém conhece ainda. Por conseguinte, para facilitar o  enriquecimento do até agora paupérrimo debate sobre os problemas locais, aliviando em simultâneo as criaturas em causa. Porque deve ser muito desconfortável, calculo eu, andar pranho de ideias durante tantos anos. Suponho que unicamente por falta de local e de ajuda para o respectivo parto. Donde, maternidade no Equívoco da Levada, que para pouco mais serve e, enquanto não houver uma vereadora-parteira, contrate-se uma Chefe de divisão de partos difíceis, para o quadro de pessoal da autarquia. Já! Está em causa o nosso devir.
Sabem do que se trata? (Perguntar não ofende, dependendo do interlocutor e da pergunta.)

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