Informa Tomar na rede que o CDS-PP de Tomar já apresentou alguns candidatos para as autárquicas do próximo ano. A esta distância, ignoro naturalmente qual possa vir a ser o resultado eleitoral do CDS em Tomar, a cujos componentes desejo toda a sorte possível. Tal como a todos os membros de todas as listas que vierem a concorrer. Doze meses antes , qualquer prognóstico não passaria de fantasia, por mais ornamentado que se apresentasse com os usuais considerandos estatísticos e outros.
Há no entanto duas coisas que no meu entender o futuro só poderá vir a confirmar. A primeira refere-se ao já antes citado resultado final. Qualquer comentador local minimamente ao corrente da evolução eleitoral dos centristas no concelho de Tomar chegará inevitavelmente à mesma conclusão: É extremamente difícil, senão mesmo impossível, fazer pior que em 2013, quando o CDS-PP, então com Ivo Santos como cabeça de lista, ficou em último lugar, com apenas 560 votos = 2,82%, tendo sido ultrapassado pelo MPT (6,88%), pelo BE (2,94%), e mesmo pelos votos brancos (4,82%) e pelos nulos (4,37%).
Há até um aspecto que pode vir a revelar-se importante para fazer o planeamento da campanha eleitoral. Usualmente considerado como uma formação política com implantação sobretudo rural, mesmo no concelho de Tomar, nas últimas eleições aconteceu exactamente o contrário ao CDS-PP. Empatou com o Bloco de Esquerda na freguesia urbana, tendo conseguido 3,93% = 323 votos, bem acima portanto das percentagens das freguesias rurais.
Há até um aspecto que pode vir a revelar-se importante para fazer o planeamento da campanha eleitoral. Usualmente considerado como uma formação política com implantação sobretudo rural, mesmo no concelho de Tomar, nas últimas eleições aconteceu exactamente o contrário ao CDS-PP. Empatou com o Bloco de Esquerda na freguesia urbana, tendo conseguido 3,93% = 323 votos, bem acima portanto das percentagens das freguesias rurais.
O mais importante porém é que, a um ano de distância, os centristas locais já venceram, sem contestação possível, dois óscares. O da pontaria e o do sentido de humor. Com efeito, escolher como cabeça de lista, para uma cidade e um concelho praticamente em ruínas, um arqueólogo, revela um extraordinário sentido de humor, bem como uma pontaria inultrapassável.
Mas tem mais! Sendo bem conhecida a evidente carência de gente qualificada para integrar as diversas listas, conforme o passado tem revelado, ter conseguido um professor de recursos humanos para o segundo lugar, é algo que só muito dificilmente qualquer outra lista poderá vir a obter.
Finalmente, como se não bastassem as duas óbvias proezas antes mencionadas, há outro achado de génio. Sabem os tomarenses muito bem que vivem numa terra algo adormecida, com os eleitores sempre à espera que apareça um D. Sebastião numa manhã de nevoeiro, para os tirar a todos do atoleiro. A precisar portanto de quem os pique, como forma de os levar a participar activamente na política local, par além das espaçadas eleições. Assim sendo, colocar em 3º lugar na lista uma acupunctora, é o cume da inteligência política prática.
Temos portanto lista! E que lista! Com o arqueólogo a ver se nos caracteriza, iniciando depois o indispensável e urgente restauro, o especialista em recursos humanos a procurar por aí quadros qualificados que aceitam aturar os tomarenses e uma acupunctora a picar-nos no traseiro, como forma de incentivo político, vai ser um grande sucesso. Não tenhamos dúvidas, ó povo de pouca fé!
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