Mário Cobra
Advertência prévia do editor: Este texto pretende ser irónico e como tal deve ser lido.
Advertência prévia do editor: Este texto pretende ser irónico e como tal deve ser lido.
Fonte muito espiritual e oculta confidenciou-nos que forças ligadas ao PS-Tomar se encontram a mexer todos os cordelinhos
paroquiais no sentido de o Papa Francisco vir a Tomar, aquando da visita a Fátima, em Maio de 2017, centenário das Aparições. Aonde vem como peregrino, mas também
para anunciar a pré-beatificação do nosso novo santo, António de Guterres. Acreditam
essas forças dos bastidores que será uma das únicas possibilidades do PS nabantino minorar a perceptível má imagem do executivo na comunidade, em especial no seio
da ala tomarense ligeiramente mais
exigente. Nomeadamente daqueles que não podem optar pela via "ala moço daqui para fora" (como já fez por exemplo o editor deste blogue, agora a fazer pirraças com as
fotos do seu abrasileirado e fortalecido poiso marítimo).
O Papa aceitando o convite para visitar Tomar
Segundo a antes citada fonte de informação, há
divergências no seio do PS local sobre o programa a propor ao Protocolo Papal.
Um grupo defende que o Papa devia fazer uma visita à Sinagoga, exemplo de
abertura eucuménica, mas há receio da caliça das paredes poder vir a cair sobre a pontifícia comitiva, um evidente incidente
de lesa-santidade. Outro grupo defende
uma sessão solene no salão nobre dos Paços do concelho, mas temem que o Sumo Pontífice não consiga
subir semelhante escadaria. Outro grupo ainda, entende que o Papa se devia
deslocar ao Convento de Cristo, mas há receio de que ali não haja disponibilidade para efectuar a respectiva visita guiada, dado o melindre da mesma, tendo em conta o velho contencioso entre o papado e os templários. Um último grupo enfim, entende que se devia realizar uma cerimónia no
Mouchão Parque, convidando Sua Santidade para o Congresso da Sopa, uma verdadeira refeição em comum, tal como na eucaristia, mas aí ouviram-se logo comentários do género “Pois! É tudo muito bonito, mas quem é que limpa o
rio?”
Outro aspecto assaz complicado, ainda em debate, é a hipotética pernoita de Sua Santidade em Tomar. O ideal para a maioria dos crentes presentes seria o Convento de Cristo, não fora o facto de estar situado dentro do Castelo Templário, com tudo o que isso evoca. Pensaram então no bairro da Senhora dos Anjos, o ideal para um Papa, porém cedo concluíram não haver alí condições. "Que pena o Convento de Santa Iria estar como está há anos e anos", murmurou alguém. "Tem razão", atalhou logo outro interveniente, que adiantou lesto, "mas aí penso que temos outra solução aceitável. Porque não a Estalagem de Santa Iria?! Porque na verdade, a bem dizer, o Sumo pontífice nem vem a Fátima, mas à Cova da Iria, que fica uns quilómetros ao lado. E Iria por Iria, entre a Cova e a Estalagem da Santa, a escolha é óbvia, não vos parece?! Foi então que voltou a ecoar na sala a pergunta já antes formulada e não respondida: "E quem é que limpa o rio?" "E a roda? E o açude?", inquietou-se outro, logo apoiado por mais irmãos participantes. Neste ambiente de dúvida, pairou no entanto uma certeza: A concretizar-se a pontifícia pernoita tomarense na Estalagem, a cidade passaria a ter mais uma atracção turística importante. Não faltariam interessados em visitar, ou mesmo alugar, as dependências antes frequentadas por Sua Santidade. Portanto, mais turismo para Tomar, que bem precisa, caso tudo venha a dar certo. E talvez a autarquia comece então a receber a renda mensal daquele imóvel municipa concessionado a uma sociedade privada.
Outro aspecto assaz complicado, ainda em debate, é a hipotética pernoita de Sua Santidade em Tomar. O ideal para a maioria dos crentes presentes seria o Convento de Cristo, não fora o facto de estar situado dentro do Castelo Templário, com tudo o que isso evoca. Pensaram então no bairro da Senhora dos Anjos, o ideal para um Papa, porém cedo concluíram não haver alí condições. "Que pena o Convento de Santa Iria estar como está há anos e anos", murmurou alguém. "Tem razão", atalhou logo outro interveniente, que adiantou lesto, "mas aí penso que temos outra solução aceitável. Porque não a Estalagem de Santa Iria?! Porque na verdade, a bem dizer, o Sumo pontífice nem vem a Fátima, mas à Cova da Iria, que fica uns quilómetros ao lado. E Iria por Iria, entre a Cova e a Estalagem da Santa, a escolha é óbvia, não vos parece?! Foi então que voltou a ecoar na sala a pergunta já antes formulada e não respondida: "E quem é que limpa o rio?" "E a roda? E o açude?", inquietou-se outro, logo apoiado por mais irmãos participantes. Neste ambiente de dúvida, pairou no entanto uma certeza: A concretizar-se a pontifícia pernoita tomarense na Estalagem, a cidade passaria a ter mais uma atracção turística importante. Não faltariam interessados em visitar, ou mesmo alugar, as dependências antes frequentadas por Sua Santidade. Portanto, mais turismo para Tomar, que bem precisa, caso tudo venha a dar certo. E talvez a autarquia comece então a receber a renda mensal daquele imóvel municipa concessionado a uma sociedade privada.
O Papa ao tomar conhecimento dos problemas inerentes à sua visita a Tomar
Sabe-se ainda que, à cautela, as diversas forças oposicionistas
já prepararam a inevitável e esperada reacção política a este eventual golpe paroquiano do
PS-Tomar, só possível porque Luís Ferreira, resolutamente ateu militante, entretanto já foi
afastado do activo socialista.
Assim, o PSD optou pelo slogan passoscoelhista “Em vez do Papa,
vem aí mas é o diabo.”. Os Independentes por Tomar vão limitar-se ao comentário “
A nossa proposta é que o Papa não venha em dia de reunião da câmara, por causa
das senhas de presença”. Quanto à CDU, vai emitir um comunicado com bastante conteúdo
programático e grandes princípios, tudo na primeira pessoa do plural, o qual terminará dizendo “Para quem já engoliu tantos sapos aqui em Tomar, a
visita papal para nós é refresco”. Finalmente, o BE vai recorrer ao tradicional dito “Com Papas e
bolos se enganam os eleitores”. Ou será os tolos?
Questionadas por nós sobre tal matéria, as restantes forças políticas concelhias, cujo peso eleitoral não permite que estejam representadas nos órgãos municipais, fizeram-nos chegar um comunicado de última hora, no qual protestam contra a projectada visita papal, "porque a Cristo o que é de Cristo e a César o que é de César", não querendo contudo vir a ser por isso consideradas protestantes. "Somos resolutamente contra a eventual absolvição do PS-Tomar, mas cada qual com os seus princípios e com a sua fé", referem a terminar. Amen!
Editado por António Rebelo
anfrarebelo@gmail.com
Questionadas por nós sobre tal matéria, as restantes forças políticas concelhias, cujo peso eleitoral não permite que estejam representadas nos órgãos municipais, fizeram-nos chegar um comunicado de última hora, no qual protestam contra a projectada visita papal, "porque a Cristo o que é de Cristo e a César o que é de César", não querendo contudo vir a ser por isso consideradas protestantes. "Somos resolutamente contra a eventual absolvição do PS-Tomar, mas cada qual com os seus princípios e com a sua fé", referem a terminar. Amen!
Editado por António Rebelo
anfrarebelo@gmail.com
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderEliminarSe a idéia der certo, vamos convidá-lo para vir ao Brasil outra vez (já que a primeira vez não deu lá grandes resultados)!
Embora julgue que o papa não tenha relação direta nenhuma com os pecados dos governantes brasileiros ─ a não ser perdoá-los quando há confissão...
Uma outra idéia, seria a de aproveitar a visita do Santo Padre para promover a maior conversão coletiva de pecadores irrecuperáveis registrada desde o Dia da Criação.
O bom é que as autoridades brasileiras se confessariam e deixariam de cometer os seus pecados. Francisco teria de ficar algumas semanas por aqui, metido o tempo todo num confessionário e ouvindo histórias de que até Deus duvida!
Terminada a maratona assustadora, regressaria a Roma, (após um salto a Buenos Aires) com a sensação de que visitou não um país, mas um acampamento de bandidos instalado onde até este ano, ficava o Brasil.