segunda-feira, 8 de abril de 2024

Imagem copiada da página Facebook de Luís Santos, com a devida vénia e os nossos agradecimentos, na qual se pode observar uma silhueta de mulher com tabuleiro à cabeça, e como se trabalha em Tomar. Um faz e três fiscalizam.

Política e informação

Crónica dominical 

a 7 mil quilómetros e no hemisfério de baixo

https://observador.pt/opiniao/a-bandeira-e-o-logotipo-ou-porque-a-republica-e-o-governo-nao-sao-o-mesmo/

Começo por aconselhar a leitura da crónica de Helena Matos, no Observador. Basta usar o link supra, para ficar com a ideia que a extrema esquerda portuguesa, se não anda mesmo a brincar com o pessoal, imita muito bem. Confundir o logótipo do governo e os símbolos da República é de alunos cábulas. Dos de antigamente, que agora já não há disso. Todos aprendem e todos são bons. Por isso apelidam os governantes de centro direita de pacóvios e retrógrados, porque progressistas são o que ainda julgam poder continuar "a caminho do socialismo". Em 2024 e na Europa dos 27. Foi assim que lhes ensinaram.
Enquanto isto (ia a escrever entrementes, mas depois dei-me conta que nem todos conhecem o vocábulo, sinónimo de entretanto), em Tomar, um revolucionário post-25 de Abril, há muito em hibernação forçada, questionava no Face: "Com a idade começa-se a fazer mais disparates?" A resposta só pode ser afirmativa, se por disparates se entender actos fora da norma. Induzidos por doenças que afectam a massa encefálica, ou por uma irresponsabilidade deliberada, que permite ser mais solto e dizer finalmente o que se pensa. A tal liberdade.
Neste último caso, corre-se um grande risco, em sociedades menos evoluídas, como a nabantina: ser-se considerado louco em vez de adversário político, só porque não se partilha o catecismo político em voga. Foi o que aconteceu na segunda metade do século passado, com os internamentos psiquiátricos forçados na então União Soviética. Porque quem é contra o socialismo, um regime que visa o bem universal, só pode ser louco, devendo portanto ser tratado com medicação adequada, nem que seja à força. 
Entretanto, a situação mudou bastante. Agora já não parece haver por ali nem socialismo nem internamentos psiquiátricos forçados. A tendência é mais para envenenamentos, desastres de aviação, mortes súbitas nas prisões, ou quedas de varandas...
Em Tomar, com problemas de toda a ordem, que vão da falta de emprego e de habitação, até à péssima limpeza  urbana, à medonha burocracia camarária, ou às estradas cheias de buracos, o tema prioritário para debate entre alguma malta de esquerda, é... a recolocação das silhuetas "mulher com tabuleiro à cabeça", retiradas da Rotunda antes da colocação do tabuleiro monumental, que custou o preço de uma ambulância nova e só serve para mostrar. (Ver imagem)
Está na página Face de Luis Santos e já ultrapassou os 50 comentários, o que mostra bem a pertinência da questão, com alvitres para todos os gostos e dois grandes grupos -os que acham muito bem, com ferrugem e tudo, e os que preferem com uma limpeza prévia, seguida de pintura ou cromagem, supõe-se.
Se me é permitida uma achega, embora não faça parte da confraria, parece-me que o ideal seria uma silhueta  em cada uma das três entradas da cidade (Coimbra, Leiria, Lisboa), mas no sentido da saída e com o braço direito no ar, a dizer adeus. Era mais adequado à realidade actual. 
Na minha tosca opinião, é mesmo "Tomar dos pequeninos", que perde na comparação com o "Portugal dos pequeninos" de Coimbra, porque lá ao menos as entradas são pagas e rendem bom dinheiro. É uma atracção turística que não custa quase milhão e meio de euros, a cada quatro anos. Outro mundo e outra maneira de ver, no mesmo país e logo ao lado.
A concluir, usando uma frase introdutória que ficou célebre no jornalismo tomarense, só que agora muito adequada, dada a forma como começa, "chega-nos a notícia" que nas próximas autárquicas os principais candidatos vão ser Cristóvão o ocupante (PS), Carrão o pretendente (PSD) e Ferreira de Santa Cita o aspirante (CH). No estado actual das coisas, o meu prognóstico é por enquanto X, no usual totobola autárquico.







Sem comentários:

Enviar um comentário