segunda-feira, 19 de junho de 2023

 


Provedor socialista municipal

Voltar a incluir a carta no baralho

Anunciou a autarquia, com a habitual solenidade, que deu posse ao provedor municipal. A posição de TAD3 sobre tal função desempenhada por tal  personalidade é bem conhecida. E creio que partilhada por muita gente. No Facebook, o próprio ex-chefe de gabinete e pai da solução autárquica actual foi categórico: Uma anedota.
Por uma vez, serei mais moderado. Estou pronto a avaliar o respeitável  senhor provedor em função dos resultados que obtiver, tendo em conta que o próprio declarou que já antes de ser escolhido era procurado por vários cidadãos para lhes resolver problemas.
Vou portanto aguardar que José Pereira resolva favoravelmente alguns dos seguintes problemas, afinal simples diferendos entre os munícipes e a câmara: Poluição do rio Nabão, cortes frequentes no fornecimento de água, falta de estacionamento na baixa e junto ao conjunto monumental Castelo-Convento, renovação da rede de água e saneamento em parte do centro histórico, conflitos com os ciganos, manutenção adequada dos parques e jardins, limpeza urbana, espírito de diálogo e tolerância.
Além dos antes enunciados, avultam os diferendos  relacionados com os tabuleiros: fitas com ou sem nome das freguesias, ataviamento dos participantes, excesso de foguetório, concertos gratuitos ou a pagar, ruas ornamentadas onde não passa o cortejo, custo excessivo da festa.
Finalmente, o mais urgente e importante diferendo local em termos económicos, nos tempos que correm. Com a particularidade de todas as partes (Câmara, Santa casa, provedor municipal) serem lideradas por cidadãos do PS. Refiro-me ao empreendimento que a Misericórdia pretende edificar num terreno das Avessadas que lhe foi doado para esse fim. Apesar de Anabela Freitas já ter asseverado que o tal terreno doado "é uma carta fora do baralho", logo acrescentou, ante a ameaça do também socialista António Alexandre, de mandar edificar o referido empreendimento noutra localidade, que tal só acontecerá se não houver no concelho "um buraco disponível".
Certo de que o socialista  e provedor Alexandre tudo fará para evitar o "buraco" proposto pela presidência socialista, só parece restar uma solução: o também socialista e provedor municipal conseguir que a carta das Avessadas retorne ao baralho, de onde nunca devia ter saído, por estarem em causa dezenas de empregos. Caso não consiga, teremos a prova real da sua inutilidade. Do provedor, não da carta.

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