Imagem Tomar na rede, com os agradecimentos de TAD3
Política local eventos e propaganda
A alergia dos que se julgam donos da cidade e da festa
Nem de propósito. Na mesma altura em que redigia a crónica anterior, sobre a lamentável atitude da maioria socialista e dos festeiros, em relação à crítica e à mudança, surgia uma polémica local de todo o tamanho, sobre um cartaz partidário colocado na rotunda da Ponte nova. Porque o dito cartaz mostra ou diz algo de ofensivo para os leitores em geral?
De forma alguma. Apenas porque é um cartaz do CHEGA, e sobretudo, penso eu, porque afirma defender a cultura e as tradições. Algo intolerável para a esquerda em geral e para o PS Tomar em particular, que há já três festas gasta milhões para alegadamente "cumprir a tradição" e "promover Tomar" através da cultura. Numa curta frase, os freitistas locais consideram-se e agem como se fossem donos das tradições e da cultura. Em nome do povo, claro está. O truque é velho e já não passa impune.
O pessoal do Chega teve portanto o azar, ou agiu deliberadamente nesse sentido, de invadir propriedade alheia na área política. Crime grave que as tropas ditas de esquerda não podem perdoar e não vão perdoar, usando quantos pretextos sejam necessários para conseguirem a retirada do cartaz. Esquecendo que um dos grandes princípios da esquerda europeia não marxista é o respeito pela liberdade de todos e de cada um. Sobretudo quando o exercício dessa liberdade incomoda.
Não me recordo que os agora indignados com o cartaz legal do Chega, por estar em pleno centro histórico, tenham tido igual atitude em relação ao cartaz do Papa, ilegalmente pendurado na torre sineira de Santa Maria dos Olivais, que entretanto já foi retirado.
Esta polémica tomarense é afinal mais uma vergonha local em termos políticos, a mostrar que, em grande parte, os tomarenses ainda não aprenderam nem esqueceram nada, quase 50 anos após Abril. No fundo, estes protestos contra o cartaz do Chega são da mesma natureza da acusação de racismo, feita por António Costa a propósito de um cartaz de mau gosto, que o mostra como um dos animais do "Triunfo dos porcos". Os actores são outros, mas a peça é a mesma. Tenham vergonha na cara! Deixem de se armar em donos da cidade! Respeitem os adversários, e os que pensam de modo diferente. Deixem estar o cartaz, que não incomoda ninguém livre e de bons costumes.
Tal como o ps em Lisboa se julga dono da Liberdade, o ps cá do burgo julga-se dono de Tomar e da festa !
ResponderEliminarFeitios ,dizia-se .
É sempre um prazer a sua crónica diária, mesmo que nem sempre concorde com a opinião e algum tom de socialismo parecido aos destes xuxas tomarenses, com a grande distância de não depender da malga política.
ResponderEliminarUm dos pontos típicos destes pseudo esquerdistas aburguesados é a sua sobranceria intectual, pois quem é de direita automaticamente é considerado inferior ou fachista.
Eles se removerem ou taparem o cartaz, passam um limite perigoso,e pode ser que quando forem corridos da CMT se arrependam.
Excelente artigo, não poderia estar mais de acordo. Mas infelizmente a cultura Nabantina ainda continua iludida por este jogo do meu e teu. Ideia Marxista, implementada e vazada sobre a "ideia fundamentada" do politicamente correto.
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