quinta-feira, 22 de junho de 2023

 


Polémica com um cartaz do Chega

Hipocrisia, afigurações e sobranceria

Para que dúvidas não restem, começo por reproduzir, com a devida vénia, do seu site no Facebook, a posição da vereadora socialista Filipa Fernandes sobre o cartaz do Chega, colocado na Rotunda da Ponte Nova:

"A Festa não merece isto!
Na politica como na vida, nem tudo é válido….
Independentemente de não me rever nesta cor politica e de não concordar com os seus ideais, não é de todo isso que me leva aqui a escrever.
Estamos, num esforço conjunto, a ornamentar a nossa cidade.
Pessoas, instituições públicas e privadas estão juntas e trabalham arduamente com um só objetivo: dignificar o nosso concelho, erguendo, uma vez mais, a nossa Festa maior (agora Património Cultural Imaterial Nacional) para quem cá vive e para quem nos visitará.
Colocar propaganda política em locais nobres da Festa, não é valorizá-la! Sabemos que a Lei, a meu ver mal, permite que os partidos o façam, contudo deve haver respeito pela cultura e pela tradição, afastando dos holofotes, publicidades partidárias.
A Festa não tem uma só cor… a Festa é uma multiplicidade de cores.
RESPEITAR A CULTURA E A TRADIÇÃO É NÃO A USAR EM BENEFÍCIO PRÓPRIO E SIM, DAR DE SI PARA O BEM COMUM.
Respeitem a Festa!"

Começa a respeitável vereadora com uma proclamação pretensiosa, arvorando-se em representante única da Festa. Em virtude de quê? Por integrar um executivo de sete eleitos, que financia os tabuleiros com dinheiro dos impostos? Como compaginar tal proclamação com "A festa não tem uma só cor...a Festa é uma multiplicidade de cores", que se pode ler na parte final do mesmo texto? Afinal a festa é do povo? Ou só dos eleitos do partido socialista?
Segue-se um fraseado tipo "double talk", em que deve entender-se o contrário do que está escrito: "Não é de todo isso que me leva aqui a escrever" = É exactamente isso que me leva a escrever, pois não consigo suportar esses cheganos.
Simples lapso, ou hábito de quem escreve, para tentar confundir quem lê? A própria conclusão do curto texto não permite dúvidas. Trata-se mesmo de tentar intrujar os eleitores com grandes proclamações, tal como na frase da parte final: "Respeitar a cultura e a tradição é não a usar em benefício próprio e sim, dar de si para o bem comum."
Mas então os concertos à borla, os eventos gratuitos e os abundantes subsídios camarários para a cultura, incluindo os 700 mil euros para os tabuleiros, é "dar de si para o bem comum" com o dinheiro de todos nós? Ou será antes uma maneira ardilosa de angariar votos, para se manter no poder, onde se ganha mais que no emprego de origem, quando o havia?
"Respeitem a Festa!" incita a senhora vereadora. Pois que assim seja. Mas então respeitem-se também as leis do país e os eleitores, todos os eleitores, incluindo os 9% do Chega, senhores vereadores! Discordar publicamente e por escrito de leis que garantem as liberdades de todos, não fica bem a uma vereadora que disso faz profissão: "Sabemos que a Lei, a meu ver mal, permite que os partidos coloquem propaganda política em locais nobres da Festa..." Se não concorda com a Lei, tem uma excelente solução -renuncia e passa a combatê-la como simples cidadã. Não lhe fica bem cuspir na mão que lhe dá de comer -a nossa República- quando isso lhe convém. Fazendo exactamente aquilo que recusa aos outros -o direito à crítica. E o vilipendiado cartaz do Chega nem sequer critica,

4 comentários:

  1. Essa ideia de que na política não vale tudo, apliquei-a quando vi uma artista que expôs em espaço camarário e depois fez um mural numa rotunda com figuras alusivas à Festa, incluindo a vereadora.
    Tudo a tempo das eleições. As tais do "caminho certo". Ainda lá está.

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  2. E tudo miséria !
    Como dizia um comunista PURO .
    ACURDAI !!!

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  3. Acordai também eu ,para escrever ACORDAI ,corretamente .

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  4. E é isto a futura vice presidenta😂

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