A coroa do espírito santo no meio das ervas. Segundo o vice- presidente Cristóvão, são espaços concessionados, ou do governo, onde a Câmara não pode fazer nada. Seguindo tal lógica, se um dia destes houver um incêndio no quartel do regimento local, por exemplo, os bombeiros municipais estão impedidos de lá ir apagar o fogo.
Festa dos tabuleiros
872 mil euros
já custou a Festa à Câmara
A previsão inicial era de 600 mil
É sempre a somar. Informa a Rádio Hertz, reproduzindo declarações da presidente Anabela Freitas, que até agora a Câmara já gastou 872 mil euros com os tabuleiros. Mais de 20 euros por cada habitante. E a conta pode vir a subir, acrescentou a autarca. O que significa que vai aumentar mesmo. Extraordinário! Uma festa popular de oferendas com 718 tabuleiros, que ficam a mais de mil euros cada um, só para cumprir a tradição e promover Tomar, afirmam os seus organizadores. E com falhas e abusos tão gritantes, que só não vê quem não quer. Vinte mil euros para o lanche dos convidados, por exemplo, ou vinte eventos musicais gratuitos durante a festa, dois por noite, são autênticas barbaridades em tempos de crise. E 718 tabuleiros para quê? 500 não chegavam?
Uma vez que, noutra vertente autárquica, se prevêem "buracos" consideráveis para tapar, nomeadamente na Tejo Ambiente, Tomar Polis, ex-Resitejo e Escola Profissional de Tomar, não se estranharia que, a dada altura, a manta municipal não consiga tapar a cama toda, havendo necessidade de recorrer à banca. Para já, conforme consta de documentos distribuídos aos deputados municipais, os ROC recusaram-se a certificar essa parte das contas autárquicas. E deixaram escrito. Mau sinal.
Tal como o dinheiro, as mantas também não esticam. Isto numa altura em que a presidente se prepara para abandonar o barco nabantino, já em Setembro próximo. Dois anos antes do final do mandato, preferindo os moliceiros aveirenses para os próximos cinco anos, mesmo como subalterna do presidente do Turismo do Centro, que tem a sua sede junto à Ria de Aveiro. Aguardemos atentamente, que a coisa promete emoções fortes para todos os gostos, embora em princípio estejamos protegidos durante a nossa atribulada viagem rumo ao futuro. Desde há séculos que, nos países católicos, S. Cristóvão é o protector dos viajantes. O problema é que em Tomar a situação está cada vez menos católica. Mas os tomarenses continuam calados e contentes, se calhar pensando que não são eles que vão pagar os gastos sumptuários da autarquia e a mania das grandezas de eleitos sempre em festa, mas sem planos capazes.
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