sexta-feira, 9 de junho de 2023


Equipamentos urbanos

Faltam estruturas de acolhimento turístico


É um dos aspectos mais contestáveis da candidatura tomarense à Entidade de Turismo do Centro. Uma eleita que pouco ou nada fez em prol do turismo -em todo o caso, não fez o que está a fazer falta- pretende vir a dirigir um organismo de desenvolvimento turístico. Haja bom senso e coerência!
Acresce que, se não fez, não terá sido por falta de chamadas de atenção, infelizmente mal recebidas. A reacção tem sido sempre a mesma -inutilmente agreste e despropositada, ou fingidamente indiferente. Mais própria de labregos calhordas que de cidadãos educados e bem formados. Como está a acontecer infelizmente a nível nacional. Deve ser norma da respectiva escola partidária...
Colhendo um dos exemplos, quando se alega que não há estacionamento suficiente, não há sanitários e não há sinalização turística, em vez de concordar ou discordar, explicando porquê, desconversam à maneira de José Sócrates, o "animal feroz": -O gajo diz mal de tudo, é um picuinhas, já não está bom da cabeça, etc. etc. 
Enquanto isso, pela calada, vão providenciando o mais simples e barato,  raramente com inteiro acerto, por falta de debate prévio. As duas imagens acima mostram um trecho da realidade, na área da sinalização turística. Lá foram fazendo, mas o obra está longe de ser asseada.
Quem venha da Praça da República, à procura das instalações sanitárias da Calçada de S. Tiago, chegado à esquina da rua vê duas indicações turísticas. Uma é do roteiro templário, a outra indica realmente o dito WC, mas é tão pequena e discreta, que mal se topa. Só aproximando-se (segunda imagem) se consegue ler a indicação WC, inscrita na minúscula flecha.
Quanto à sinalização templária, refere-se às Ruas do Pé da Costa, a de baixo e a de cima, mas não explica porque têm esses nomes. Você sabe? Agora imagine os turistas, mesmo os nacionais. São, respectivamente, do Pé da Costa de Baixo e do Pé da Costa de Cima, como corruptela por elisão da primitiva designação "Rua do Sopé da Encosta". Mas quem é que sabe, hoje em dia, o que é o sopé da encosta? (Faça favor de consultar um dicionário na net, e vai ficar surpreendido ao verificar como em tempos idos se era muito mais rigoroso no uso da língua portuguesa.)
Ainda na área da sinalização que não há, as imagens mostram o troço final da actual Rua do Sopé da Encosta de Baixo, demasiado estreita para nela poderem transitar em simultâneo veículos e pessoas. Na ausência de sinalização no local, em caso de conflito, quem tem prioridade? Quem circula a pé? O automobilista? Quem é de cá, está habituado, mas os turistas?
Não me venham com o rançoso "Se faz é porque faz, se não faz é porque não faz. Preso por ter cão, e preso por não ter." O gajo pode já não estar bom da cabeça, e ser mesmo demasiado inconveniente, mas as mazelas que indica aí estão, para mostrar quem anda a enganar os cidadãos, excessivamente complacentes, para não ser deselegante ao falar de rebanho. Mas é assim que estamos a ser tratados. Como um rebanho.


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