domingo, 29 de outubro de 2017

Outra vez a Várzea grande

Acabo de saber pela Rádio Hertz que o projecto referente à Várzea grande vai de novo à reunião do executivo, após a qual estará em discussão pública durante 15 dias. Uma vez que  reunião é já amanhã, segunda-feira, resta-me reiterar o que já aqui foi referido anteriormente.
1 - O anunciado período de discussão pública é, a julgar por casos anteriores, apenas para cumprir calendário e obedecer às normas europeias. Na realidade, poucos se interessam pela questão, e quando tentam consultar o processo constatam que há sempre umas partes mais sensíveis que, por razões independentes da vontade do executivo, nunca estão acessíveis ao comum dos mortais. Naqueles Paços do concelho há caminhos muito tortuosos.
2 - Creio que por falta de adequada informação, (assunto que será desenvolvido no próximo escrito), a senhora presidente continua a insistir em duas vertentes que só podem vir a causar elevados prejuízos a Tomar. Refiro-me em primeiro lugar às obras úteis mas não prioritárias, como por exemplo os arranjos de parte da Estrada do Prado, de parte da Estrada da Serra e das Avenidas Nun'Álvares e Torres Pinheiro, que não são prioritárias por para elas não haver depois verbas para assegurar a respectiva manutenção. Tal como já vem acontecendo com a envolvência da Ponte do Flecheiro, da Avenida Marquês de Tomar ou da Avenida Vieira Guimarães (estrada do Convento). O que poderá vir a implicar alterações gravosas na fiscalidade local. Porque o dinheiro tem de vir de algum lado, a população vai diminuindo, e até agora a senhora presidente só tem revelado capacidades na área dos novos encargos.

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Foto mediotejo.net

3 -Vêm a seguir as obras que nem são úteis nem prioritárias, como por exemplo a requalificação da Várzea grande ou o agora anunciado "museu de Sellium". No que toca à Várzea grande, o projecto que tive ocasião de consultar à pressa, parece-me tipicamente "estilo manuelino": embeleza, ornamenta, complica, mas nada acrescenta de útil em termos práticos. Pelo contrário. Limita drasticamente a capacidade de estacionamento, e implica muito mais manutenção, quando se devia procurar exactamente o contrário. Acresce que, quando se vier a implementar um plano local de turismo, inevitável a médio/longo prazo, a Várzea grande e espaços anexos ao Convento de S. Francisco terão forçosamente  de albergar um grande parque de estacionamento subterrâneo e de superfície, com os respectivos serviços de apoio. Nessa altura, as obras agora projectadas e em discussão pública serão destruídas, na totalidade ou em grande parte, posto que não adequadas. Por conseguinte, parece-me que a  melhor solução é meter o actual projecto na gaveta, a aguardar melhores dias. Antes que seja demasiado tarde.

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