António Freitas
O cortejo dos tabuleiros merece respeito
Segundo o site “noticia.pt”
Segundo o site “noticia.pt”
A Casa do Concelho de Tomar e a Associação de Comerciantes de Alvalade, em conjunto com a Junta de Freguesia de Alvalade, promoveram no passado dia 9 uma Mostra de Produtos Tomarenses em Lisboa:
“Decorreu em Lisboa a apresentação de produtos tomarenses, mel, frutos silvestres e vermelhos, vinhos, doces, fumeiro, e os tradicionais e emblemáticos pares de Tabuleiros, bem representativos da Festa dos Tabuleiros. Foi um dia em que Tomar invadiu a capital com produtos e a sua Festa.
A mostra ocorreu no dia 9 Setembro, integrada na iniciativa “Há Vida no Bairro”, alegrando e enchendo a Avenida de Roma, a Praça de Alvalade, a Avenida da Igreja e as ruas adjacentes daquela zona lisboeta."
Mas que falta de verdade e de rigor. Basta ver as fotos, publicadas por Carlos Piedade Silva no Facebook, para constatar que os produtores de Tomar estiveram lá, mas faltou o público. O evento não foi visto por mais de 50 pessoas, e qual Avenida da Igreja! Falando com os produtores presentes, concluiu-se que a desilusão foi total. Nem para a portagem fizeram dinheiro nas vendas! Ou seja, foi uma perda de tempo e redundante prejuízo
Não estive presente, mas vivendo no Bairro de Alvalade há mais de 30 anos, posso dizer que, tirando a Avenida da Igreja a determinadas horas, e o Mercado de Alvalade, o resto são ruas desertas de muita gente que ali mora, na sua grande maioria idosos, que para sair à rua têm que ter motivos para tal. E não havia.
A Casa de Tomar tem pergaminhos históricos, uma tradição, um estatuto, que não deviam permitir “alinhar” em convites que nenhuma mais valia trazem a Tomar. Mas pior que a falta de público nesta mostra, alguém se lembrou, certamente por outras direcções da CASA de TOMAR o terem já feito, de promover um desfile de meia dúzia de tabuleiros, que não faziam o menor sentido, a dois anos da festa grande. E, pior ainda, o desfile tinha à frente uma senhora transportando a “Coroa do Espírito Santo”.
Ao que se chegou!
Jamais alguém o fez, ou teve essa ideia, numa festa que se quer candidatar a Património Imaterial da UNESCO, conjuntamente com Alenquer e os Açores. Levar o “símbolo sagrado da festa” num desfile pelas ruas de Lisboa, nunca mais pode acontecer!
Que se promova a Festa só nos anos em que se realiza. Que se leve aos Açores um tabuleiro e se faça a respectiva montagem, que se desfile com o ícone tomarense em determinados contextos. Mas jamais com “Coroas e pendões do Espírito Santo” que isso tem “palco” – as ruas de Tomar e só em Tomar. Em ano de festa, depois de escolhido pelo povo o mordomo, e a partir do Domingo de Páscoa do ano em que se realiza festa. A tradicional saída solene das Coroas!
Podem estar tabuleiros expostos, como ícones e símbolos bem tomarenses, mas desfiles avulsos, popularuchos, vão matar a festa e impedir uma candidatura vencedora. Não brinquemos!
A Festa Grande tomarense não tem “ donos”. Mas tem, até nova eleição de um mordomo, quem a represente com dignidade. João Victal, o mordomo das mais recentes edições, que de nada disto soube, apesar de fazer parte da Assembleia Geral desta direcção da Casa de Tomar, eleita e em funções. Nada soube, não foi consultado, pois teria logo dito – Não! E não lhe chamemos “Velho do Restelo” Há as tradições herdadas e o ter de ser assim, por uma questão de respeito pelos nossos antepassados.
Para promover os seus produtos regionais em Lisboa, Tomar não necessita destas acções. Bem basta já, nalgumas procissões religiosas pelo concelho, ver os tabuleiros com bolos em vez de pão, e em procissões irem juntamente com fogaças. Haja rigor! A genuinidade e a tradição devem imperar! Ser popular e festa do povo, não é ser popularucho, e aqui a responsabilidade deve ser pedida ao presidente da Casa de Tomar -Carlos Galinha- e a quantos tiveram a ideia de aceitar um desafio de uma Junta, que queria ser noticia . A Junta de Alvalade, faz noticia e divulga como um grande evento o que não passou de uma “fandangada” sem público.
Oxalá os agentes económicos de Tomar, e o que de bom temos, venham a ser melhor promovidos no MERCADO DE ALVALADE, dia 18 de Novembro, como contrapartida ao “logro” de 9 Setembro.
Texto editado por Tomar a dianteira - 3
A mostra ocorreu no dia 9 Setembro, integrada na iniciativa “Há Vida no Bairro”, alegrando e enchendo a Avenida de Roma, a Praça de Alvalade, a Avenida da Igreja e as ruas adjacentes daquela zona lisboeta."
Mas que falta de verdade e de rigor. Basta ver as fotos, publicadas por Carlos Piedade Silva no Facebook, para constatar que os produtores de Tomar estiveram lá, mas faltou o público. O evento não foi visto por mais de 50 pessoas, e qual Avenida da Igreja! Falando com os produtores presentes, concluiu-se que a desilusão foi total. Nem para a portagem fizeram dinheiro nas vendas! Ou seja, foi uma perda de tempo e redundante prejuízo
Não estive presente, mas vivendo no Bairro de Alvalade há mais de 30 anos, posso dizer que, tirando a Avenida da Igreja a determinadas horas, e o Mercado de Alvalade, o resto são ruas desertas de muita gente que ali mora, na sua grande maioria idosos, que para sair à rua têm que ter motivos para tal. E não havia.
A Casa de Tomar tem pergaminhos históricos, uma tradição, um estatuto, que não deviam permitir “alinhar” em convites que nenhuma mais valia trazem a Tomar. Mas pior que a falta de público nesta mostra, alguém se lembrou, certamente por outras direcções da CASA de TOMAR o terem já feito, de promover um desfile de meia dúzia de tabuleiros, que não faziam o menor sentido, a dois anos da festa grande. E, pior ainda, o desfile tinha à frente uma senhora transportando a “Coroa do Espírito Santo”.
Ao que se chegou!
Jamais alguém o fez, ou teve essa ideia, numa festa que se quer candidatar a Património Imaterial da UNESCO, conjuntamente com Alenquer e os Açores. Levar o “símbolo sagrado da festa” num desfile pelas ruas de Lisboa, nunca mais pode acontecer!
Que se promova a Festa só nos anos em que se realiza. Que se leve aos Açores um tabuleiro e se faça a respectiva montagem, que se desfile com o ícone tomarense em determinados contextos. Mas jamais com “Coroas e pendões do Espírito Santo” que isso tem “palco” – as ruas de Tomar e só em Tomar. Em ano de festa, depois de escolhido pelo povo o mordomo, e a partir do Domingo de Páscoa do ano em que se realiza festa. A tradicional saída solene das Coroas!
Podem estar tabuleiros expostos, como ícones e símbolos bem tomarenses, mas desfiles avulsos, popularuchos, vão matar a festa e impedir uma candidatura vencedora. Não brinquemos!
A Festa Grande tomarense não tem “ donos”. Mas tem, até nova eleição de um mordomo, quem a represente com dignidade. João Victal, o mordomo das mais recentes edições, que de nada disto soube, apesar de fazer parte da Assembleia Geral desta direcção da Casa de Tomar, eleita e em funções. Nada soube, não foi consultado, pois teria logo dito – Não! E não lhe chamemos “Velho do Restelo” Há as tradições herdadas e o ter de ser assim, por uma questão de respeito pelos nossos antepassados.
Para promover os seus produtos regionais em Lisboa, Tomar não necessita destas acções. Bem basta já, nalgumas procissões religiosas pelo concelho, ver os tabuleiros com bolos em vez de pão, e em procissões irem juntamente com fogaças. Haja rigor! A genuinidade e a tradição devem imperar! Ser popular e festa do povo, não é ser popularucho, e aqui a responsabilidade deve ser pedida ao presidente da Casa de Tomar -Carlos Galinha- e a quantos tiveram a ideia de aceitar um desafio de uma Junta, que queria ser noticia . A Junta de Alvalade, faz noticia e divulga como um grande evento o que não passou de uma “fandangada” sem público.
Oxalá os agentes económicos de Tomar, e o que de bom temos, venham a ser melhor promovidos no MERCADO DE ALVALADE, dia 18 de Novembro, como contrapartida ao “logro” de 9 Setembro.
Texto editado por Tomar a dianteira - 3
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