Nota prévia
A estatística da Google mostra que os textos sobre turismo, Tomar e Toledo são muito menos lidos que os outros. Dado que o autor e o estilo são os mesmos, a conclusão impõe-se: Algum leitorado de Tomar a dianteira prefere o véu diáfano da fantasia à nudez forte da verdade. Se calhar é também por isso que os resultados eleitorais foram o que foram e que Tomar está como está.
Comparando Toledo e Tomar - 2
Prosseguindo no âmbito da crítica construtiva favorável aos autarcas tomarenses, cabe recomendar a leitura atenta das peças anteriores sobre este mesmo tema. Aí se informa que Toledo tem em proporção menos de metade dos funcionários municipais de Tomar -626 para 83 mil habitantes em Toledo, (incluindo 119 polícias), contra 500 para 40 mil habitantes em Tomar. Ai se escreve também que o Conselho municipal de Toledo, equivalente da nossa Assembleia Municipal, conta apenas 25 eleitos, contra 32 em Tomar.
Gastando assim muito menos que Tomar em despesas fixas e permanentes, Toledo beneficia além disso de receitas muito superiores. Segundo o INE espanhol, a capital de Castilla La Mancha tem 340 hotéis e 115 alojamentos locais, que em conjunto registaram em 2016 906.390 pernoitas, sendo 646.135 de espanhóis e 256.315 de estrangeiros. Para se ter uma comparação mais sólida, 906 mil pernoitas representam 3 noites passadas em Tomar por cada um dos 300 mil visitantes do Convento de Cristo. Se houvesse capacidade hoteleira instalada para isso, bem entendido. Só que em Tomar não há 34 hotéis, quanto mais agora 340. E pelo caminho que as coisas levam, nunca haverá.
Assim poupados e com verbas abundantes, os autarcas toledanos vão asneirando, em vez de se guiarem pelas conhecidas boas práticas dos seus homólogos tomarenses. Além de terem suprimido as algas no Tejo, limitaram singularmente o trânsito automóvel dentro das muralhas, o tal centro histórico, onde residem cerca de 10 mil pessoas. De que maneira? Mandando instalar pilaretes inteligentes, como o desta fotografia:
Quando se aproxima um veículo com o identificador adequado, o pilarete do meio baixa e o carro pode passar. O dito identificador é fornecido pela autarquia unicamente aos residentes com garagem, bombeiros, ambulâncias, polícia, médicos e enfermeiros. Os outros não entram.
Em Tomar, como é sabido, vem todas as manhãs e todas as tardes um bombeiro num veículo da corporação, levantar e baixar os pilaretes ao fundo da Corredoura. O quartel dos bombeiros fica a menos de 250 metros dos pilaretes, mas andar a pé cansa. Sobretudo aqueles bombeiros que, como se sabe, em geral apagam os fogos montados nos seus veículos...
Referi antes que os autarcas de Toledo vão fazendo asneiras, porque parto do princípio que os eleitos tomarenses têm feito, estão a fazer e farão o melhor que podem e sabem em prol de Tomar e dos tomarenses.. E como não tem sido nem é nada disto, mas o exacto oposto, os toledanos só podem estar no mau caminho. Tou certo ou tou errado?
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