Aos leitores que propalam a ideia de que o administrador de Tomar a dianteira é demasiado agreste, dedica-se este excerto da entrevista de Pêpê Rapazote ao EXPRESSO:
“Este é um problema crónico e eterno do povo português. Não percebe que tem direito à vida e que depois tem obrigações e que, só depois de cumprir muitas delas, tem de novo direitos. Não há direitos — os direitos, as liberdades e garantias vêm depois de muita obrigação. Este é um problema de abuso do laxismo e de abuso de valores que vieram depois do 25 de Abril e que estão cada vez mais enraizados. Vivemos verdadeiramente a tirania do politicamente correto. A tirania das minorias. A tirania dos direitos, do eu tenho direitos. Não!”
Rapazote insurge-se contra os brandos costumes, contra a apatia de um país onde as pessoas não se mexem e têm medo de dar a cara. “O corporativismo e os sindicatos dão um jeito enorme para a malta se esconder atrás do tipo da frente, o testa de ferro e o interlocutor que vai falar com o patrão. É o Zé Povinho, o velho manguito, o ninguém diz nada, país de cobardes!”
As declarações podem ser lidas aqui na totalidade. Para os mais corajosos, há também esta bela peça de Alberto Gonçalves, que escreve todos os sábados.
Boas leituras. Agreste eu, não é ?!
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