Não é de todo a área de intervenção deste blogue, mas o assunto pareceu assaz importante para merecer uma excepção, até porque pelo menos dois leitores assíduos trabalham na TAP.
Abordando numa página inteira as dificuldades crescentes das companhias aéreas europeias, o Le Monde, refere nomeadamente, na sua edição papel datada de sábado, 14/10, o desaparecimento da belga SABENA e da suiça SWISSAIR, bem como a compra pela BRITISH AIRWAYS da espanhola IBÉRIA e da maior parte da falida AIR BERLIN pela também alemã LUFTHANSA.
A mesma peça refere igualmente a recente falência da britânica MONARCH, que deixou em terra mais de cem mil passageiros com bilhetes já pagos, bem como a ALITALIA, que terá de declarar falência, caso não encontre nova parceria de negócios até amanhã, 16/10, terminando de modo pouco ou nada tranquilizador para os admiradores e pessoal da TAP - Air Portugal:
"Pior ainda, estas companhias [que operam sobretudo no longo curso] são agora também atacadas por baixo, pelas companhias de baixo custo como a NORWEGIAN", assinala Stéphane Albernhe, presidente da sociedade de conselho Archery Strategy Consulting - ACS. Um ataque em tenaz que poderá vir a provocar mais baixas. Para sobreviverem, essas companhias aéreas têm de fazer reformas, "mas têm de as fazer com grande celeridade, porque caso contrário morrem."
Segundo os especialistas, as próximas participações de falecimento poderão ser as da escandinava SAS ou da portuguesa TAP, ambas com dificuldades crónicas."
Guy Dutheil, Le Monde, Economie et Entreprise, 14/10/2017, página 5
Tradução, adaptação e destaques de António Rebelo, UPARIS VIII
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