Os leitores habituais devem ter estranhado o silêncio de ontem. Resultou de um equívoco na véspera, que levou a publicar a peça de domingo prematuramente.
Ontem não era assim muito prático escrever no blogue porque Tomar a dianteira 3 resolveu ir até ao norte interior, numa excursão organizada pelo amigo António Freitas. Tratou-se basicamente de fazer o trajecto fluvial entre a Régua e Barca da Alva.
Correu tudo muito bem e foi possível constatar que, mesmo no interior do país e em localidades com património modesto, os municípios esforçam-se no sentido de cativar os visitantes. Há sinalética adequada, há estacionamento vasto para autocarros, há instalações sanitárias modernas e espaçosas. Há até em Trancoso, por exemplo, visitas guiadas gratuitas do centro histórico, prática que é habitual (ver fotos).
Até parece que estamos em Tomar, não parece?!?
Entretanto em Tomar, não consigo perceber com que objectivo, pois não pretendo confrontar a respectiva directora, o Convento de Cristo organizou um "dia de Tomar", que eu julgava que era no primeiro de Março. Estava enganado, pelos vistos. Houve tabuleiros, música, barraquinhas e assim. Tudo para consumo local, pois os turistas sabem lá onde é a porta do claustro da Micha. Nem os tomarenses, na sua maior parte, quanto mais agora os visitantes.
Temos portanto uma gestão do património que não sabe, não quer ou não pode fazer o que devia (entrada que não envergonhe, bilhética automática, visitas guiadas para todos, controlo de segurança a cada visitante, pessoal com formação profissional compatível, visita da totalidade do monumento, designadamente da Sala dos cavaleiros, da cisterna do claustro da Micha, das salas da inquisição e do refeitório dos leigos), mas vai fazendo o supérfluo. Tudo para ornamentar o currículo da senhora directora.
É outra vez como se dizia nos idos de finais de 70 do século passado -Isto é que vai uma crise!!!
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