sábado, 15 de julho de 2017

ENCHENTE PARA OUVIR OS QUINTA DO BILL

O aniversário da tomada da Bastilha, que marcou o início da Revolução Francesa, cujo lema Liberdade, Igualdade, Fraternidade, continuamos a partilhar em teoria, foi marcado em Tomar pelo concerto do conjunto tomarense Quinta do Bill, comemorando o seu 30º aniversário. Mera coincidência?
A reputação do conjunto musical, a noite cálida e o custo convidativo, propiciaram uma enchente na Praça da República. Começando com meia hora de atraso, os nossos conterrâneos, (sobre cuja qualidade musical me não pronuncio por óbvia falta de competência), demonstraram respeito pelo hábito tão tomarense.
Suponho que terão escolhido a Praça da República para a realização do concerto por uma questão de prestígio. Só pode, pois não vejo outra razão. O acesso é mau para os pesados de mercadorias que trazem o material para o palco, a acústica não é uma maravilha e a estátua do Gualdim barrou mais uma vez a vista a muitos espectadores, que se terão contentado com o som. Agravando singularmente a situação, dois potentes geradores eléctricos a gasóleo, instalados em cima de uma galera, debitavam o seu fumo altamente tóxico, no passeio das traseiras dos Paços do Concelho, praticamente colados à parede, por baixo de arcadas calcáreas do século XVI. Terá sido apenas um lapso, que mesmo assim conviria evitar no futuro, tendo em conta que até a câmara lisboeta já pensa em proibir a circulação de carros a gasóleo...
Tudo isto quando em Tomar temos vários recintos com melhores qualidades de acesso, melhor acústica,  maior capacidade, mais conforto para o público e menos riscos para o património. Estou a pensar no ex-Estádio Municipal, cujo piso sintético pouco ou nada sofreria, (ao contrário do acontecido na semana passada com a relva do Mouchão), na Várzea Grande, no Largo do Mercado, ou na Mata dos sete montes. Fica a ideia e ficam as fotos, para mais tarde recordar. Sobretudo aquela imagem onde se constata que do castelo templário praticamente já não se consegue ver grande coisa a partir da Praça da República, por causa das árvores demasiado altas e sem poda.  Como acontece com o futuro desta nossa terra, por causa da falta de ideias e de planos adequados.








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