Face ao evidente alheamento, há três anos atrás decidi efectuar aquilo a que então chamei "uma reportagem de merda". Fotografei todos os sanitários públicos existentes em Tomar naquela data e descrevi o estado em que se encontravam. Desde então a situação pouco mudou. Apenas reabilitaram os sanitários da calçada de S. Tiago. E encerraram os situados ao lado da antiga abegoaria. Mas entretanto a informação local passou a ocupar-se do assunto. Lá acabaram por concluir que uma cidade de turismo sem sanitários públicos suficientes em quantidade e qualidade, é algo inaceitável.
Chegou agora a vez de denunciar outra situação anómala no Centro Histórico. Há dezenas de anos que existem na Praça da República bancos públicos que, não sendo uma maravilha em termos de conforto, são contudo bastante funcionais. Modernizados recentemente, ficaram como deve ser. Têm encosto para todos:
Infelizmente, logo mais abaixo, na Corredoura, continuam estes bancos do tempo de António Paiva. Ao que foi dito na época, são de origem espanhola e custaram bom dinheiro:
Lamentavelmente, até hoje ninguém julgou útil explicar qual a razão de só terem encosto numa parte. Assim tipo executivos autárquicos. Quando de sete eleitos, só quatro têm "encosto". Se de apenas cinco elementos, só três podem ter "encosto".
Há mesmo um exemplar, ao fundo da Corredoura, sem qualquer encosto:
Supõe-se que seja para transeuntes que resolvem mudar bruscamente de posicionamento. Como alguns políticos.
Mas passo ao essencial, ao que me levou a escrever estas linhas. Como frequentador da Praceta de Olivença, a que o falecido presidente Jerónimo Graça chamava a esquina da SAPEC (Sociedade Anónima dos Polidores de Esquinas e Calçadas), estou mandatado pelos outros utentes usuais para apresentar esta reclamação, contra uma situação de nítida discriminação. Negativa deste lado da ponte, positiva além da ponte:
Em nome da igualdade de todos perante a Lei, consignada na Constituição da República, pede-se à autarquia que pelo menos os bancos da citada Praceta de Olivença, acima fotografados, sejam substituídos quanto antes por outros, semelhantes aos existentes na Praceta de Santa Iria:
É tudo. Por agora. E já não é nada pouco, que isto de não ter encosto, mesmo sentado, não é nada confortável.
Post Scriptum
Nem tentem vir com a desculpa de que os bancos da Corredoura e da Praceta são a última moda em Espanha. Poderão ser, mas não se inserem harmoniosamente nem no estilo citadino, nem nos hábitos dos tomarenses. De resto, pelo menos em Trujillo, que fica na Extremadura espanhola, até têm bancos bastante mais adequados ao centro histórico, com assento frio e arejado encosto ...para todos os sentados:
Post Scriptum
Nem tentem vir com a desculpa de que os bancos da Corredoura e da Praceta são a última moda em Espanha. Poderão ser, mas não se inserem harmoniosamente nem no estilo citadino, nem nos hábitos dos tomarenses. De resto, pelo menos em Trujillo, que fica na Extremadura espanhola, até têm bancos bastante mais adequados ao centro histórico, com assento frio e arejado encosto ...para todos os sentados:
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