Acicatado por aquela frase do meu amigo "Templário", na qual referia que por enquanto os portugueses ainda confiam no sistema eleitoral, tenho andado a consultar resultados eleitorais. E o que já vi, deixou-me bastante preocupado. Mas já lá iremos. Antes, prioridade para um excerto das declarações do igualmente meu amigo Miguel Relvas, ontem ali em Brasília, a mais de dois mil quilómetros daqui. O Brasil é mesmo imenso.
Bem sei, Miguel Relvas e tal... Pois. Mas foi graças à sua acção decidida, na sequência de um pedido meu, que o alambor templário do século XII não desapareceu completamente, vítima daquelas obras camarárias projectadas durante o mandato paivino. E eu nunca esqueço quem me ajuda. Vamos então ao referido excerto.
Durante uma intervenção para a qual foi convidado como orador, o antigo ministro-adjunto do primeiro ministro avançou que "o sistema português, na sua configuração sistema de partidos/sistema eleitoral, é porventura nas democracias consolidadas o sistema que menos liberdade de escolha dá aos eleitores... ...o que conduz ao afastamento dos cidadãos da política nacional e os leva a uma de duas decisões: a abstenção ou o voto de protesto." Quer saber mais? Basta clicar aqui.
Vamos então agora à questão dos resultados eleitorais. Para já, com uma chamada de atenção. Se calhar, muitos eleitores tomarenses ainda não se terão dado conta de uma situação grave -a óbvia falta de representatividade e de legitimidade dos eleitos para nos governarem. Todos eles, sem excepção. Um exemplo? Tomemos o caso da actual presidente. Eleita em 2013, com 5.479 votos, num universo de 37.310 inscritos, representa com inteira legitimidade de facto apenas os que nela votaram. Os restantes, acatam naturalmente as normas democráticas em vigor, mas não se coíbem de ir dizendo que não votaram nela. Quanto representam mesmo os eleitores de Anabela Freitas? 27,55% dos votos entrados nas urnas. Apenas 14,68% dos eleitores inscritos. Convenhamos que é demasiado pouco para congregar esforços, demasiado escasso para impôr respeito e impedir contestação.
Amanhã há mais.
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