Como bem sabe quem me lê com regularidade, tenho procurado alertar o administrador do colega Tomar na rede para os perigos inerentes aos comentários anónimos. Até agora sem qualquer resultado, o que me coloca, por assim dizer, numa situação de vítima de concorrência desleal. Uma vez que no Tomar a dianteira 3 só pode botar palavra quem se identificar cabalmente, a quase totalidade dos potenciais comentadores, incluindo decerto um ou outro com muito interesse, acabam por migrar para o Tomar na rede. Não estou a reclamar nada ao amigo José Gaio, nem sequer a lamentar-me. Apenas e só a constatar um facto.
Dada a minha manifesta solidão, nessa como noutras matérias, procuro ir fazendo frente, mas naturalmente interrogo-me: Estarei a ver bem o problema? Serei demasiado exigente? O Tomar na rede é que tem razão? Estou mesmo a ficar pataroco e ando armado em D. Quixote?
De repente, todas estas dúvidas se dissiparam no meu espírito. No EXPRESSO ONLINE de ontem (acesso pago), dois jornalistas de grande gabarito abordaram a questão dos comentários e dos jornalistas. Daniel Oliveira foi directo e rude. Titulou o seu escrito "Acabar com os aterros sanitários nas caixas de comentários", explicando depois, entre outros tópicos, que o citado semanário resolveu suprimir os comentários dos leitores, até nova ordem. O seu texto pode ser lido aqui.
Também sobre jornalismo, comentários e agenda editorial, e igualmente no Expresso, Henrique Monteiro dispara sem hesitações: "Na realidade, as agendas são ditadas de fora e através de mecanismos que, vamos sabendo aos poucos, partidos, empresas, personalidades, colocam ao seu serviço, organizando as tais matilhas, hordas ou manadas, para funcionarem num determinado sentido..."
Concluindo: Parafraseando o secretário do senhor de Lapalisse, mais vale bem acompanhado que só. É designadamente mais repousante para o espírito.
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