Informação política
Uma notícia que vem mesmo a calhar
O MIRANTE | Proposta de comemoração do 25 de Novembro gera discórdia na Assembleia de Tomar
A notícia do link supra d'O Mirante on line vem mesmo a calhar, pois permite confirmar, de uma assentada, três posições políticas assumidas nestas páginas e nas quais os leitores não acreditam assim muito. Sobretudo aqueles que gostam de ler com óculos partidários, que em Tomar são numerosos. Que posições são essas?
1 - A informação local que temos deixa muito a desejar, por razões conhecidas.
2 - PS e PSD são irmãos siameses, separados à nascença. É tudo a mesma gente.
3 - O PS esquerdizou-se. Funciona na prática como partido da união de esquerda.
Em relação ao ponto um, é significativo que uma divergência política tão importante em relação a uma data célebre, em pleno parlamento municipal, apenas tenha sido noticiada até agora num semanário muito bem feito, mas cuja sede é em Santarém. Os jornalistas nabantinos estavam todos em plena soneca, sonhando com a Feira de Santa Iria, as farturas e a água pé?
No caso de irmãos siameses, ou mesmo só gémeos, mal um deles resolve urinar fora do penico comum, há logo bulha. Foi o que aconteceu neste caso. Aos olhos do PS, que raio de ideia foi essa dos laranjas quererem agora uma comemoração tomarense do 25 de Novembro, após 11 anos de paz celestial com os socialistas locais? Simples aquecimento prematuro para a futura campanha eleitoral? Ordens de Lisboa via Santarém?
Eis senão quando, o presidente Cristóvão chibou-se. Quando praticamente ninguém esperava, admitiu implicitamente que tem governado em conluio de facto com a CDU e o BE. Em geringonça. Haja ou não acordo escrito. Basta atentar na argumentação usada para se escapulir da eventual futura sessão comemorativa. É contra a unidade, é divisionista, disse ele. Que unidade? A do "povo unido jamais será vencido", anterior ao 25 de Novembro, pois claro.
Como cidadão, Hugo Cristóvão não perdeu o direito de opinião e de expressão, conforme referiu. Mas equivocou-se. É simultaneamente presidente da Câmara, estatuto de que não conseguirá separar-se nunca até ao final do mandato, por mais que possa tentar. De resto, é nessa condição que participa nas sessões da AM.
Alguém o está a ver, nas cadeiras reservadas ao público observador, a levantar-se e pedir para usar da palavra como simples cidadão? A que propósito? Quer isto dizer duas coisas. Por um lado, Cristóvão tem razão. Como simples cidadão, não está obrigado a seguir as opiniões de A, B ou C. Infelizmente para ele, não é possível despir a casaca de presidente da edilidade, nem que assim o queira. E nessa dupla qualidade de presidente da Cãmara - cidadão contrariado, está legalmente obrigado a acatar e cumprir as determinações votadas por maioria e nos locais próprios.
Vote então a Assembleia Municipal, por maioria, a realização de uma sessão solene, comemorativa do 25 de Novembro. Uma vez isso conseguido, convidem o sr. presidente do executivo para estar presente e usar da palavra, como manda o protocolo. Logo veremos o que acontece. Com as inerentes repercussões eleitorais, como não pode deixar de ser.
E diz-se essa gente democrática!!! Quem não pensar como eles é fascista. Sabe se o 25 de Novembro e o verão quente são explicados aos alunos como é o 25 de Abril? Eu já não me lembro!!!
ResponderEliminarNão lhe sei responder. Passei a aposentado em 1999.
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