Casamentos e divórcios
Uma situação preocupante e até assustadora
Tomar na rede publica dados do INE sobre casamentos e divórcios na região, que são muito preocupantes e até assustadores a médio e longo prazo. É a comunidade tomarense tal como a conhecemos a desmoronar-se cada vez mais rapidamente. A população é cada vez mais reduzida também porque as estruturas familiares tradicionais colapsam. Porquê?
https://tomarnarede.pt/sociedade/tomar-61-casamentos-e-274-divorcios-em-2023/
Ourém é único concelho com dados demográficos quase dentro da normalidade dos novos tempos que atravessamos. Registou em 2023 213 casamentos e 286 divórcios. Tomar na rede justifica o elevado número de casamentos, de longe o mais importante da região, com o facto das pessoas gostarem de ir casar a Fátima, uma realidade bem conhecida.
Mas então, na mesma linha de pensamento, deve-se considerar que o também considerável total de dívórcios, é porque as pessoas gostam igualmente de se divorciar em Fátima? É claro que não. Tanto o total de casamentos como o de divórcios, que são os mais volumosos da região, resultam apenas do facto de Ourém ser o concelho com mais população, (da ordem dos 45 mil habitantes), dos cinco considerados.
Em Tomar a situação é a oposta, e bem mais preocupante. Em vez de mais ou menos um casamento para cada divórcio, como em Ourém, temos no vale do Nabão 4 divórcios por cada casamento (286 divórcios e apenas 64 casamentos). É fácil mas enganador mencionar as conhecidas carências de pessoal da Conservatória de Tomar, cujas causas remotas continuam por publicar, para justificar o reduzido total de casamentos, porque então como interpretar o elevado número de divórcios?
Nos restantes concelhos (Abrantes com 80 casamentos e 268 divórcios, Entroncamento com 54 casamentos e 120 divórcios, Torres Novas com 86 casamentos e 269 divórcios), a situação é um pouco menos preocupante, uma vez que a relação casamento>divórcio é de 1 para 3 em Abrantes e Torres Novas, baixando para 1 casamento para 2 divórcios no Entroncamento, apesar dos graves problemas sociais ali existentes.
Perante tudo isto, que é gravíssimo embora possa não parecer, a maioria PS local não tem nada a dizer aos eleitores? E a oposição não acha oportuno questionar a maioria PS sobre esta matéria? Olhem que, tanto no poder como na oposição, é como no surf. Sem ondas altas não tem piada nenhuma. Essa história do calado que foi a Lisboa e veio sem pagar bilhete, é música obsoleta do século passado. Cheira a salazarismo que tresanda.
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