sábado, 12 de outubro de 2024


Como no tempo da outra senhora

Em Tomar estamos em crise e sem informação 

capaz devido à censura e à incompetência

Realizou-se na passada sexta-feira à noite, em Carvalhos de Figueiredo, a sessão de apresentação pública do projecto de arranjos da EN 110, a principal entrada na cidade. Em tempos de informação na hora, um dia mais tarde, nem uma linha a respeito, na informação local e regional. É este o jornalismo que temos. Ou não podem, para não incomodar, ou não sabem, mas têm vergonha de o admitir. Pena que não a tenham também para admitir outras carências, e fechar a loja. Evitavam-se equívocos. 
Terá havido transmissão do evento, em directo, via Youtube, não por liberalismo ou iniciativa da autarquia ou dos órgãos de informação local e regional, mas simplesmente porque é obrigatório cumprir directivas europeias. Tal como acontece com a própria sessão pública de apresentação e debate do projecto. Há porém um problema de localização na net, falta de tempo e de pachorra para aturar um evento que no mínimo terá durado pelo menos duas ou três horas.
Outro tanto ocorre com as sessões da Assembleia Municipal. Há transmissão em directo durante horas e horas, mas jamais um órgão informativo local publicou uma reportagem a respeito. Houve uma única excepção, nos anos 80 do século passado. O mais antigo semanário local ainda vivo (?) publicou a crónica de uma das sessões, feita por um dos intervenientes, mas a segunda já não foi impressa...devido a pressões partidárias. Há 40 anos.
Estamos portanto em Tomar tal como antes do 25 de Abril. Em acentuada crise, mas sem se saber em detalhe, por carência de informação, devido à censura, que agora é outra. Encapotada, quando a antiga tinha pelo menos a coragem de se afirmar. Era oficial e feita por gente competente para a época. Militares oficiais superiores. Agora é como se pode constatar. As fontes e os suportes informativos todos estritamente condicionados pela maioria transitória que está, com uma única excepção, que por pudor não se identifica, porque essa tem uma agenda supostamente livre e abundante na área dos fait-divers, porém nitidamente orientada pela ala marxista local. Consequência da formação académica contaminada que em tempos se obteve? É possível, mas não explica tudo.
Fica aqui o reparo, sem acrimónia e só para memória futura, que agora o pessoal implicado é todo cego surdo e mudo, não pela graça de Deus, mas por conveniência transitória. Necessidade a quanto obrigas e Ovelha que berra é bocado que perde, dizia em tempos o povo, quando ainda se pensava um bocadinho. Até a minha avó ousava opinar que É por estas e por outras que as cabras marram umas nas outras. E não sabia ler nem escrever. Agora com a net e as redes sociais, o mais que se consegue nas margens nabantinas é um ocasional Vai tudo dar ao mesmo!
E sentem-se alguns muito ofendidos, quando por aqui se escreve, à laia de desabafo de circunstância, Pobre terra! Pobre gente que nem se enxerga! Não foi decerto para chegarmos aqui, que Silva Magalhães publicou durante anos A Verdade, pois devia conhecer bem a sentença de Platão: "Ninguém é mais odiado do que aquele que diz a verdade."

2 comentários:

  1. Fala o professor em verdade na politica!!! Veja o que se está a passar agora entre o Montenegro e o Ventura!!! "És um mentiroso, mentiroso és tu", parecem crianças!!! E o presidente da República é um mentiroso compulsivo, já ouviu falar ns estória da vishyssoase? Procure Paulo Portas e vyshichoase (não sei como se escreve).

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O facto de haver políticos mentirosos não me responsabiliza nem me obriga a mentir. Pelo contrário, incita-me a lutar contra a hipocrisia, uma forma refinada de mentir sem trair a verdade.

      Eliminar