Várias vezes tentei nestas colunas alertar os tomarenses e a autarquia para duas questões básicas na área do turismo. A necessidade de corrigir com urgência os vários dislates existentes em matéria de sinalética urbana, e a conveniência de sinalizar adequadamente todas as vias. Nessa minha campanha pró-sinalização, (que não teve êxito, como habitualmente), confesso ter omitido involuntariamente uma vertente -a cabal identificação bem visível de todas as artérias, sobretudo as da cidade antiga.
Agi assim provavelmente porque me convenci, sem disso me dar conta, que ninguém se perde no núcleo histórico, devido à sua reduzida dimensão e à sua planta ortogonal. Só hoje me dei conta que estava enganado. Acabei por me esquecer dos turistas nesse detalhe.
Os tomarenses que olharem com um pouco mais de atenção para as ruas do centro histórico, vão verificar que umas só têm placa identificadora de um lado, outras em ambos os lados, mas não nos cruzamentos, outras enfim nem uma coisa nem outra. Para os residentes, tal estado de coisas só pode incomodar em termos de evidente desmazelo ou deixa andar. Nunca em termos práticos. Incomoda porém muitos turistas pedestres, e de que maneira.
Os tomarenses que olharem com um pouco mais de atenção para as ruas do centro histórico, vão verificar que umas só têm placa identificadora de um lado, outras em ambos os lados, mas não nos cruzamentos, outras enfim nem uma coisa nem outra. Para os residentes, tal estado de coisas só pode incomodar em termos de evidente desmazelo ou deixa andar. Nunca em termos práticos. Incomoda porém muitos turistas pedestres, e de que maneira.
Ontem, vinha eu da Avenida Cândido Madureira, vulgo Rua da Graça, para a Rua Infantaria 15, vulgo Rua Direita, quando ouvi um turista do meu grupo etário dizendo para os seus três companheiros, enquanto apontava para a placa respectiva: -"Calle património".
Referia-se à placa em mármore que indica ser o antigo hospital "Património da Misericórdia de Tomar", identificando-a como topónimo: Rua Património. Compreende-se a confusão do visitante. Naquela esquina bastante movimentada não existe qualquer indicação do nome da rua.
Agora imagine-se que os ditos visitantes avançam até à Avenida Nuno Álvares, ou mesmo até próximo de Santa Maria dos Olivais, por exemplo. Aí, (como só não acontece a quem nunca viaja em turismo), perdem a noção do espaço urbano que de todo lhes é estranho e perguntam-lhe a si, que vai a passar por mero acaso, onde fica a Rua Património, para se orientarem de novo.
Já viu o 31 que era?
Agora imagine-se que os ditos visitantes avançam até à Avenida Nuno Álvares, ou mesmo até próximo de Santa Maria dos Olivais, por exemplo. Aí, (como só não acontece a quem nunca viaja em turismo), perdem a noção do espaço urbano que de todo lhes é estranho e perguntam-lhe a si, que vai a passar por mero acaso, onde fica a Rua Património, para se orientarem de novo.
Já viu o 31 que era?
Tudo porque a autarquia, (cujos eleitos, salvo uma ou outra excepção, carecem de mundivivência), não tem a noção das reais necessidades dos novos modelos de vida, com centenas de milhares de pessoas a passarem anualmente apenas algumas horas em Tomar.
Para quando placas com os nomes das ruas em cada esquina? Fica muito mais barato que os espectáculos de som e luz, é muito mais útil, também pode ser financiado por Bruxelas, e dura, e dura, e dura...
Adenda
A foto inicial foi substituída pelas duas actuais, às 08H57 de 15/06/2017.
Cerca de meia hora antes, fui surpreendido por uma situação insólita, quando descia a Corredoura. Próximo do café Paraíso, estava caído por terra um homem com uma bicicleta e uma mochila. Como falava em francês para uma senhora que subia a rua de bicicleta, também com uma mochila às costas, deduzi que era a sua companheira de viagem e resolvi intervir, perguntando o que acontecera.
-Aconteceu o que não devia, respondeu ele em francês. Bati no poste e caí. -Está magoado? Precisa de ajuda? -Estou bem. Tive sorte. Bati só com o ombro. Mas estas coisas pintadas de branco deviam estar sinalizadas. Assim não se vêem. (Comme ça on ne les voit pas.)
Referia-se aos mastros brancos e bandeirinhas ridículas, com que pretendem ornamentar as ruas. Realmente aquilo devia ter umas faixas, em fita vermelha ou amarelo vivo, para evitar acidentes. Mas como estamos em Tomar...deixa andar!
Para quando placas com os nomes das ruas em cada esquina? Fica muito mais barato que os espectáculos de som e luz, é muito mais útil, também pode ser financiado por Bruxelas, e dura, e dura, e dura...
Adenda
A foto inicial foi substituída pelas duas actuais, às 08H57 de 15/06/2017.
Cerca de meia hora antes, fui surpreendido por uma situação insólita, quando descia a Corredoura. Próximo do café Paraíso, estava caído por terra um homem com uma bicicleta e uma mochila. Como falava em francês para uma senhora que subia a rua de bicicleta, também com uma mochila às costas, deduzi que era a sua companheira de viagem e resolvi intervir, perguntando o que acontecera.
-Aconteceu o que não devia, respondeu ele em francês. Bati no poste e caí. -Está magoado? Precisa de ajuda? -Estou bem. Tive sorte. Bati só com o ombro. Mas estas coisas pintadas de branco deviam estar sinalizadas. Assim não se vêem. (Comme ça on ne les voit pas.)
Referia-se aos mastros brancos e bandeirinhas ridículas, com que pretendem ornamentar as ruas. Realmente aquilo devia ter umas faixas, em fita vermelha ou amarelo vivo, para evitar acidentes. Mas como estamos em Tomar...deixa andar!
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