Nos anos 60 do século passado, a Câmara resolveu que a estátua do fundador da cidade, nessa altura como agora situada no meio da Praça da República, de costas voltadas para os Paços do Concelho, devia ser mudada para o terreiro frente ao Castelo dos Templários. Com o fundamento de que aquele mestre templário fundou o castelo e não a vila de baixo. Na sequência dessa deliberação, aquando da construção do parque de estacionamento na então Cerrada dos Cães, agora Terreiro D. Gualdim Pais, foi deixado um espaço para o monumento ao fundador (ver fotos). Situação que se mantém após as desastradas obras paivinas, que dizimaram as pinheiras então existentes e parte do alambor templário.
Se um dia o nosso Gualdim vier ocupar o seu lugar aqui, a olhar para o seu castelo, até pode acontecer que a autarquia comece finalmente a cuidar do jardim, uma vez que além dos impostos também cobra o estacionamento.
Por diversas razões, entre as quais a oposição de alguns dos descendentes daqueles tomarenses que fizeram donativos para o referido monumento, erguido por subscrição pública, D. Gualdim continua no meio da Praça. Com a vantagem brincalhona do seu perfil, mas também e sobretudo com o inconveniente de dificultar qualquer espectáculo de envergadura na principal praça da urbe. Mesmo durante o levantar dos tabuleiros estorva nitidamente, ao cortar muitas perspectivas a quantos não podem aceder à janelas dos Paços do Concelho, nem à tribuna dos ilustres convidados.
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