"A grande mesquita AL-Nouri, em Mossul, Iraque, foi destruída pelos terroristas do Estado islâmico
Foi nessa mesquita que o chefe da organização jiadista, Abou Bakr Al-Baghdadi, proclamou em Julho de 2014 o "califado" em todas as zonas controladas pelos seus combatentes no Iraque e na Síria.
É mais um símbolo que acaba em pó. A grande mesquita Al-Nouri e o seu minarete inclinado foram destruídos ontem, 21 de Junho. Segundo informações do exército iraquiano aquele conjunto foi destruído com explosivos pelos jiadistas da organização terrorista Estado islâmico. "As nossas forças avançavam...na cidade antiga. Quando chegaram a 50 metros da mesquita Al-Nouri, o DAECH, organização Estado islâmico, cometeu mais um crime histórico, explodindo a mesquita e Al-Hadba, o seu minarete inclinado", declarou o general Abdulamir Yarallah num comunicado.
A mesquita agora destruída devia o seu nome a Nouredine Al-Zinki, o unificador da Síria, que reinou igualmente durante algum tempo sobre a região de Mossul, onde ordenou a construção da mesquita em 1172.
Trata-se de um predecessor de Saladino e um herói da resistência contra as Cruzadas, à qual associou pela primeira vez a noção de jiade ou guerra santa, uma retórica que é muito usada pelos jiadistas do Estado islâmico, que apodam com frequência todos os ocidentais de "cruzados". ... ...
Le Monde.fr com AFP, AP e Reuters, 21/06/2017, 22H16
Porquê tanta preocupação, perguntará você. Porque a Charola templária, a velha igreja património mundial, com mais de 800 anos, lá em cima no castelo, é um monumento dos cruzados. O próprio Gualdim Pais, seu fundador, foi cruzado e combateu na Palestina, segundo reza uma lápide colocada por cima da porta da capela de S. Jorge.
Porque nem a Charola nem o Convento dispõem de qualquer protecção ou sistema de detecção de explosivos.
Porque, pela sua maneira de pensar e de agir, os terroristas jiadistas vivem ainda em plena idade média.
Já percebeu agora? Então mexa-se. Faça alguma coisa. Pelo menos proteste, reclame, refile. Seja cidadão.
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