Há vários dias congeminando a propósito das elevadas taxas de abstenção em Tomar nas últimas autárquicas, e em França no passado domingo, só agora me dei conta que também me abstive de participar numa tertúlia sobre turismo, que teve lugar ontem à noite. Foi uma abstenção por ignorância, pois só há dez minutos tomei conhecimento da sua realização no Tomar na rede. Onde também li o convite para participar na apresentação dos candidatos do PS, no próximo dia 23, às 21 horas, na Praça da República.
Quero ver se não falto. Marcar um acto assim para a praça principal da urbe, ou é um acto de muita confiança e coragem, ou puramente insensato. Porque, parecendo que não, a praça é imensa. Leva muita gente. E só meia dúzia de gatos num recinto assim (se for o caso) não são de molde a mobilizar grande gente para futuras iniciativas, como por exemplo ir votar. Arriscado portanto.
Por falar em votar, as decisões dos eleitores são praticamente insondáveis. Até agora, a peça Só 75 votantes?! Bem bom!!!, onde se convida a votar na nova sondagem sobre o grafito Velhos do Restelo, conta com 63 visualizações. Mas só 37 já votaram. Porquê? Mistério.
Regressando às abstenções de 2013 e de domingo passado em França, aquela continua sem explicação. Como quase tudo o que acontece em Tomar, onde não é costume estudar o que vai acontecendo. Se calhar por se estar convencido de que a culpa não é nossa.
Já em França, as coisas são algo diferentes. Em relação às legislativas de domingo passado, Cécile Braconnier, directora do Instituto de Ciências Políticas de Paris (Sciences Po) e co-autora do livro A democracia da abstenção, procurou explicar o sucedido: "Estas eleições realizaram-se num período marcado por um grande desencanto político e suspeitas generalizadas a respeito dos candidatos. Quando não são compensados por fortes incitamentos ao voto, estes sentimentos afastam os cidadãos das urnas. Aconteceu que a campanha eleitoral foi de fraca intensidade, praticamente inaudível para os eleitores mais afastados da política, que só descobriram os candidatos poucos dias antes do escrutínio, quando receberam as informações obrigatórias, enviadas pelo governo... ... ...Era uma oferta política muito complicada, com uma descodificação difícil. Havia uma média de 14 candidatos para cada lugar, sendo que muitos deles tudo fizeram para ocultar a sua pertença partidária, devido por exemplo aos maus resultados anteriores. E quando os eleitores não percebem..."
(Cécile Braconnier, La démobilisation postprésdientielle est beaucoup plus forte chez les jeunes, Le Monde online, 13/06/2017)
Fica a informação para os responsáveis políticos locais. Servirá para alguma coisa?
A propósito de informação: Já votou sobre os Velhos do Restelo? Está no ângulo superior direito desta página.
ADENDA às 17H15 de 17/06/17
Para votar a partir do seu telemóvel (sistema android), por favor vá até ao fim da página e clique em "aceder à versão web".
ADENDA às 17H15 de 17/06/17
Para votar a partir do seu telemóvel (sistema android), por favor vá até ao fim da página e clique em "aceder à versão web".
O problema é que quem acede por telemóvel , sistema Android, não visualiza o link de votação.
ResponderEliminarIr ao computador dá um trabalhão...
Obrigado amigo Alcino. Tem razão. Mas há uma solução: Faça favor de ir até ao final da página e clicar na indicação "aceder versão Web", logo abaixo da foto deste seu amigo. Depois é só votar. Bom fim de semana.
EliminarConsegui votar através do meu telemóvel clicando em: "aceder versão Web" no final da página e acima da foto do professor
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