quinta-feira, 29 de junho de 2017

Há coisas...

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Pois é. Há coisas que à primeira vista não se entendem, mas após alguma ponderação tornam-se claras como a água. A notícia é do PÚBLICO de 27/06/2017, página 15:

Pavilhões termais das Caldas da Rainha. Foto acrescentada por Tomar a dianteira 3, para melhor entendimento do problema focado.

Poucos meses após a decisão governamental de concessionar a privados vários imóveis degradados em todo o país, a VISABEIRA avança com um projecto de 15 milhões de euros, para transformar num hotel de luxo de 110 quartos os velhos pavilhões termais das Caldas da Rainha. Comparando, em Tomar há mais de dez anos que está para venda o que resta do antigo Convento de Santa Iria, do século XVI, também para um hotel, sem que haja interessados. Porque será?
Continuando a comparar, em 1976 Caldas da Rainha tinha 28.460 eleitores inscritos e Tomar 32. 438. Quarenta anos mais tarde, em 2016, Caldas registava 45.671 eleitores inscritos e Tomar apenas 36.266. Ou seja, em quarenta anos houve um aumento de 17.211 eleitores inscritos nas Caldas, mas apenas de 3.828 em Tomar. Incremento anual médio de 432 novos inscritos nas Caldas, apenas 95 em Tomar. Uma diferença que faz toda a diferença para os potenciais investidores, na hora de aplicar o seu dinheiro.É mesmo uma situação do das Caldas, porém que fazer?
Terra de mentes privilegiadas na área política, (como é bem sabido e está à vista de todos os que queiram e saibam ver), Tomar tem sempre pronta uma explicação para qualquer desgraça. Neste caso, já se está mesmo a ouvir (ou ler) que não se pode comparar Caldas com Tomar, porque uma fica na faixa costeira, que cresce, e outra no interior, que definha. Influência da água do mar? Simples questão de mentalidade? Olhar para fora? Olhar para dentro?
Certo é que Ourém, concelho vizinho e também do interior, passou de 27.035 eleitores inscritos em 1976, para 42.863, em 2016. Um salto de 15.826 em quarenta anos, (incremento anual médio de 395 inscritos), que compara com Caldas da Rainha, ao contrário de Tomar. Uma vez que Ourém está, como Tomar, a mais de 50 quilómetros da costa, como explicar tal diferença? Influência da água benta, no caso de Ourém? Azar, no que toca a Tomar? Ou os tomarenses, com relevo para os "políticos", há muito que andam a dormir em pé, sem disso se darem conta?
Porque afinal, Ourém tem Fátima, mas não tem hospital, nem politécnico, nem divisão policial, nem inspecção do trabalho, nem auto estrada, nem estação de caminho de ferro dentro da cidade, nem regimento de infantaria, nem Convento de Cristo. Tem contudo, além de Fátima, aquilo que falta em Tomar. Uma autarquia sem funcionários supérfluos nem burocracia excessiva. Audácia, ideias fecundas e capacidade para as implementar. Sem estar à espera das acções camarárias, das ajudas do estado, ou dos fundos da UE.

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