quarta-feira, 19 de março de 2025




TRIBUNA DE TIAGO CARRÃO - PSD

TOMAR PRECISA 
DE UM “ABANÃO ECONÓMICO” (PARTE 1)

O desenvolvimento económico é a base para o progresso. Quando as empresas crescem, os territórios crescem com elas. Quando se criam postos de trabalho, os jovens têm razões para ficar. Quando se atrai investimento, reforça-se a esperança no futuro. Infelizmente, os números não deixam margem para dúvidas, Tomar está a perder terreno face a concelhos vizinhos. Vejamos alguns dados relativos a 2024:

• Nas 1.000 maiores empresas da região, apenas 29 são de Tomar (Abrantes - 41,Torres Novas – 51, Ourém – 118);

• Temos 7 “PME Excelência”, em 2023 tinham sido 10 (Torres Novas – 13, Ourém –47);

• Foram criadas 79 empresas, número inferior às 84 de 2023 (Abrantes – 84, TorresNovas – 94, Ourém – 180), e encerraram 36 empresas, mais 3 do que em 2023;

• Tomar tem 3 projetos aprovados no programa CENTRO 2030 (Torres Novas – 4, Ourém – 15);

• A Critical Software, empresa tecnológica, saiu de Tomar e reforçou a aposta em Viseu por considerar “um local com maior potencial de crescimento”;

• O desemprego aumentou: 871 em Setembro/2024 (150 licenciados), eram 749 em Setembro/2023.

Porquê? Porque é que Tomar “não sai da cepa torta”? Porque falta uma estratégia, falta a capacidade de implementar medidas concretas para apoiar o tecido empresarial e falta ambição para captar investimento e criar postos de trabalho. Durante 12 anos, a governação socialista tem assistido a esta decadência sem agir. 
Empresas instaladas no concelho foram deixadas à sua sorte, a Zona Industrial esquecida, e oportunidades desperdiçadas. É na falta do crescimento económico que é mais evidente a incompetência dos socialistas que (des)governam a Câmara Municipal de Tomar:

• Em 2020, Câmara Municipal desistiu de uma candidatura a fundos comunitários de 1 milhão de euros para a requalificação da Zona Industrial. Em 12 anos, pouco mais fizeram que mudar para o nome “Parque Empresarial” e colocar umas placas sinaléticas de fraca leitura.

• O Complexo Empresarial Tomar Parque na Venda da Gaita e a Área de Atividade Económica no Pintado estão igualmente esquecidos.

• Andam há mais de 6 anos para tratar do Plano de Pormenor que permitirá a Zona Industrial de Vale dos Ovos, defraudando expetativas de empresários e investidores (agradecem as zonas industriais da Freixianda e de Casal do Frades no concelho vizinho de Ourém).

• Não conseguiram evitar que Tomar ficasse de fora do projeto “Bairros Comerciais Digitais”, uma candidatura a um financiamento de 1 milhão de euros com o objetivo de promover a digitalização da nossa economia local. Desperdiçaram, por incompetência, esta oportunidade para os setores do comércio e dos serviços abertos ao público.

• Interromperam a aposta no potencial tecnológico de Tomar, iniciado em 2013 com a vinda da Softinsa/IBM e a capacidade formativa e de inovação do Instituto Politécnico de Tomar. A governação socialista não só não lhe deu seguimento, como permitiu que outros Municípios, como Viseu ou Fundão, ocupassem esse espaço. O resultado está à vista: saída de talento, perda de competitividade e estagnação económica.

• Deixaram cair uma candidatura aprovada de 2 milhões e 400 mil euros de fundos comunitários para a construção do Centro de Conhecimento e Valorização no IPT.

• O Turismo, aposta única desta governação (cuja estratégia, ou falta dela, é também questionável), é um vetor importantíssimo na economia tomarense, mas, por si só, insuficiente para alavancar o crescimento sustentado que ambicionamos para a economia do concelho.

• Onde está a Economia Social? Esquecida e desvalorizada. Um pilar fundamental do desenvolvimento sustentável que, para além do impacto social, emprega centenas de tomarenses. Mas a governação municipal socialista reduziu a relação com o setor social à atribuição de subsídios, ignorando os desafios e as ambições destas instituições. Não nos esquecemos que, por exemplo, a Santa Casa da Misericórdia de Tomar se viu forçada a escolher Vila Nova da Barquinha para instalar uma Unidade de Cuidados Continuados, por inoperância da Câmara Municipal de Tomar.

Ao longo dos últimos 12 anos, a governação socialista na Câmara Municipal de Tomar limitou-se a gerir a estagnação, sem uma estratégia real de desenvolvimento económico. E vem agora o Presidente da Câmara dizer que o emprego é uma prioridade?!
Depois de anos de inação, de oportunidades desperdiçadas e de decisões que apenas agravaram a estagnação económica, agora, a poucos meses das eleições autárquicas, é que o Presidente da Câmara descobriu que o emprego é uma prioridade? Não será tarde demais?
Partilho da frustração de quem vê Tomar continuar a perder terreno, enquanto outros concelhos avançam, de quem vê adiado o futuro da nossa terra. Todos nós sentimos a falta de ambição, de capacidade, de liderança de quem (des)governa a Câmara Municipal de Tomar. Mas, não nos podemos dar por vencidos!
Precisamos de uma nova energia na governação municipal, com uma nova visão, proximidade e transparência, capaz de olhar de frente os desafios e assumir o crescimento económico, empresarial e industrial como uma das mais importantes missões do próximo mandato.
Tomar precisa de um “abanão económico”. É esse o nosso compromisso e, na segunda parte deste artigo, a publicar nas próximas semanas, partilharei as principais ideias e linhas de ação para cumprir este propósito.

Tiago Carrão
Candidato a Presidente da Câmara Municipal de Tomar pelo PSD

1 comentário:

  1. Este artigo do putativo candidato à presidência da Câmara de Tomar por parte do PSD dá vontade de rir!!.
    O que afirma sobre a triste realidade do concelho de Tomar é verdade onde só peca por falar de poucos cancros não falando , por exemplo dos gastos nos " investimentos " em festarolas e subsídios aos da cor, o continuo aumento dos gastos em ordenados dos funcionários da Câmara, muitos deles desaproveitados e redundantes, pois a contratação de serviços fora dos quadros da Câmara é sistemático.
    Atendimento vergonhoso , sem respeitar os munícipes, um exemplo gritante é o serviço de notariado , cartões de cidadão e passaportes, em que os tomarenses se deslocam aos concelhos vizinhos para tratar desses assuntos.
    O investimento em projetos que gerem valor para o concelho foi substituído por gastos dos fundos europeus em coisas completamente inúteis, como passadiços, ciclovias, arranjos de vias , tornando-as mais estreitas e sem estacionamento, a limpeza da cidade é uma vergonha , pois os poucos trabalhadores ( agora só existem "quadros" ) vão- se arrastando nos trabalhos que lhes vão atribuindo.
    Um setor que é outro problema é o da Tejo Ambiente e dos custos suportados pelos munícipes e pela CMT.
    A habitação social entregue à ciganagem onde os antigos moradores desesperam com os problemas criados de tráfico de droga, limpeza, segurança.
    O IPT entregue a párias dos dinheiros públicos , sem relevância na formação qualificada.
    A inexistência de zona industrial digna desse nome , para poder permitir a instalação de NOVAS empresas.
    É mau demais, e o PSD nos últimos 12 anos pouco ou nada fez, limitando-se a ir às festarolas e aparecer nas fotos,
    Para concluir , que moral tem um tipo que escreve este texto e tem a sede da sua empresa na Barquinha?

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