Informação e desenvolvimento económico
Intrujando os outros e iludindo-se a si próprios
Com a sua política esquerdizante de compra de votos e intimidação de dissidentes, o PS local tem feito com que estamos agora em Tomar, segundo me parece e baseado em factos, numa curiosa situação, para mim algo desconfortável. Cresce o descontentamento e a vontade de contestar as políticas municipais, mas falta a coragem e faltam as condições básicas da liberdade individual.
Mais ou menos directamente, a grande maioria da população tomarense depende do poder instalado e da sua boa vontade. O que, não impedindo a liberdade de opinião, acaba por a condicionar fortemente, como está à vista de todos. Ninguém ousa urinar fora do penico, porque nunca se sabe o dia de amanhã, e também porque quem tem cu tem medo.
Imune ao clima repressivo local, devido à idade avançada, ao seu passado e ao estatuto intelectual, TAD3 é para alguma população mais sensível e esclarecida um pequeno oásis de liberdade, que visitam a medo e raramente de forma assumida. São nesta altura quase quinhentos todos os dias, com raros picos de dois mil, metade dos quais a viver longe de Tomar, segundo os dados estatísticos da Google.
Entre todos, há meia dúzia de amigos mais chegados, a quem aqui se agradece, que nos enviam algum material que lhes parece menos em conformidade com as suas ideias, na esperança de conseguirem uma eficaz contestação escrita assumida. O documento acima reproduzido, cuja qualidade de imagem não é a melhor, chegou-nos esta semana via dois conterrâneos, que não são funcionários públicos, nem sequer convivem habitualmente.
Tanto quanto se percebe, trata-se de uma página promocional, publicada na edição em papel d'O MIRANTE, naturalmente por uma agência de jornalismo e publicidade a metro, com a qual a maioria PS celebrou antes um generoso ajuste directo, em nome do Município de Tomar, para difusão de uma imagem favorável.
O resultado é brilhante. Quando se sabe que até a Misericórdia de Tomar, apesar dos seus cinco séculos de experiência, e de ter um provedor militante e ex-eleito do PS, se viu forçada a emigrar para a Barquinha um seu Centro para a 3ª idade, por falta de terreno adequado nas Avessadas, vir agora mostrar um mapa concelhio com variadas hipóteses de instalação de empresas, e apelando a investir, é uma forma cínica de brincar com os leitores, manipulando-os com uma pseudo-realidade, susceptível de iludir até os próprios autarcas que encomendaram a coisa. Como bem sabemos, de PDM em Planos de pormenor, andam há décadas a tentar sacar quanto mais melhor aos proprietários e aos cada vez mais raros candidatos a empresários no concelho. Alguém minimamente informado ainda tem dúvidas a respeito? É uma triste situação em que "nem... nem saem de cima", para usar uma conhecida expressão popular.
Para tentar alterar a situação de forma substantiva, era preciso que a oposição se assumisse como tal, denunciando práticas que consistem em tentar iludir os cidadãos. Do tipo "na política o que parece é." Aparências, portanto. Muita festarola, muita música, muita comida e muita animação, tudo à custa dos que ainda pagam impostos. Mas quanto a estruturas de acolhimento...
Infelizmente, a informação está como sabemos. A extrema esquerda local vai-se calando, porque as colectividades que controla precisam dos subsídios e outras benesses camarárias. O PSD não se cansa de demonstrar que não tem feitio contestatário, e que quando no poder faz exactamente o mesmo que os socialistas, ou parecido. Do CDS/PP valerá a pena falar? Já o Chega é aquilo que se vai vendo. Em Tomar, e pelo menos por agora, não mostram ter gente nem ideias para alterar a triste realidade nabantina. Ficaram-se algures, a contemplar o rio e a paisagem.
Vamos andando e vamos vendo, que isto tem de mudar, como já mudou por essa Europa fora, excepto em Espanha. Só falta apurar quando...
ADENDA ÀS 21H30 TMG DE 15/03/2025
Entretanto o Tomar na rede publicou uma opinião, cuja leitura se recomenda:
É pouco, é fraquito, porém importante por denotar que a extrema esquerda local está finalmente a ficar agoniada com tanta asneira e com alguns votos forçados de apoio, para não cair em desgraça.
Os numerosos comentários no Facebook, na página do TNR, denotando uma liberdade de expressão que afinal nem existe, como bem sabemos, levam a duvidar que, com gente assim, Tomar seja ainda um concelho viável. Se calhar já somos só uma curiosidade arqueológica, cada vez mais degradada pelo tempo e pelo homem.
Apreciação cirúrgica certeira.
ResponderEliminarTomar é assim, acomodada à decadência. O caso desta imagem é paradigma do comportamento político da miudagem que dirige os destinos do Concelho. Inventam, improvisam, só querem ficar bem na fotografia.
O resto, são os votos, mais ou menos fáceis de adquirir.