sexta-feira, 28 de março de 2025

Imagem alusiva, acrescentada por TAD3.

SDF e outros sem abrigo

"A população em situação de rua no Centro" 

Assis Cavalcante - Presidente da Associação Comercial de Fortaleza CE (CDL)

"O crescente contingente de "pessoas que não têm uma moradia convencional regular e utilizam os logradouros públicos como espaço domiciliar e de sustento", representa desafio social e económico significativo para a gestão municipal. Uma portaria no Diário Oficial da União [Diário da República brasileiro], de Março/2024, mostra que Fortaleza tem 8.404 moradores em situação de rua, numa população superior a 2 milhões. A maior parte (36%) concentra-se sobremodo na Área Regional 12, bairros do Centro, Moura Brasil e Praia de Iracema.
A capital cearense é uma das 59 cidades brasileiras que estão na lista prioritária divulgada pelo Governo Federal para receber apoio técnico no combate à fome e na promoção de alimentação saudável. Somente um conjunto de ações coordenadas, incluindo os governos estadual e municipal, o Ministério Público e a iniciativa privada, poderá reduzir os impactos dessa realidade.
Entendo que a criação de políticas públicas voltadas para a ressocialização e a qualificação profissional, permitirá a reinserção no mercado do trabalho. Que tal fortalecer os centros de acolhimento com capacitação profissional, através da Faculdade CDL? Que o município amplie o número de abrigos temporários e invista na oferta de cursos técnicos e oficinas, para que os indivíduos adquiram novas faculdades.
Parcerias com o setor privado podem mobilizar programas de estágio e aprendizagem, com oportunidades concretas para que os cidadãos conquistem autonomia financeira. Necessário é também orientar melhor a distribuição diária de alimentos no local. Comerciantes do Centro relatam dificuldades decorrentes da falta  de infraestruturas, e do aumento de moradores vulneráveis com reais impactos económicos.
Que a abordagem a essas pessoas seja humanizada, combinando ações de segurança com assistência social, garantindo acesso aos serviços básicos sem comprometer a segurança de comerciantes e consumidores.
Urgem campanhas de conscientização para a sociedade entender a complexidade do problema e contribuir ativamente com soluções. Ações educativas, associadas a programas de voluntariado, podem fortalecer a rede de apoio e gerar uma transformação verdadeira na vida dessa gente.
Que Fortaleza avance na redução da população em situação de rua, com mais dignidade e qualidade de vida para todos."

(Copiado do jornal O Povo de 28/03/2025, página 16)

ADENDA DE TAD3

O Brasil não faz parte da UE. Só recebe ajudas de Bruxelas para a preservação da Amazónia.
Por isso o texto não fala de realojamento, subsídios, rendimento mínimo ou outros abonos, comuns em Portugal e na Europa.  Só menciona formação profissional, alimentação, abrigo temporário e assim.
Há outra explicação possível. A Prefeitura (Câmara) de Fortaleza é do PT - Partido dos Trabalhadores. Seria por isso algo anómalo que um Partido de trabalhadores distribuisse pensões e outros rendimentos a gente que não trabalha nem paga impostos, em muitos casos porque não querem. Ou não?

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