Hotelaria turismo e economia
Tomarenses pasmados
num mundo que pula e avança
📣 Sabia que o IPDT – Turismo estará presente na BTL 2025? - anfrarebelo@gmail.com - Gmail
Segundo a CNN Portugal (clicar no link acima), Meliá. a maior cadeia hoteleira espanhola decidiu comprar conjuntos residenciais para facultar alojamento ao seus trabalhadores, sobretudo nas Ilhas Baleares e nas Ilhas Canárias. Segundo o presidente executivo daquela empresa, Gabriel Escarrer, citado pela CNN, já não basta pagar bem para conseguir trabalhadores qualificados, há que assegurar-lhes alojamento.
A Espanha, 49 milhões de habitantes, 2º maior mercado turístico europeu, recebeu o ano passado cem milhões de turistas e deve ultrapassar essa cifra em 2025. Mesmo ao lado, Portugal com os seus 10 milhões de habitantes, ficou-se pelos 30 milhões de visitantes, um excelente resultado, quando se comparam os dois países ibéricos em termos de recursos patrimoniais e culturais.
Neste contexto, em Tomar, cada vez mais uma terreola com um excelente património histórico, que lhe pode proporcionar uma confortável renda anual, se bem explorado, um assíduo comentador do blogue Tomar na rede insiste que o turismo não é solução para o desenvolvimento económico, porque apenas faculta empregos pouco qualificados e mal pagos. Pelo jeito, o patrão da Meliá, Gabriel Escarrer, está enganado quando afirma que "já não basta pagar bem para conseguir trabalhadores qualificados"...
Estava nisto quando recebi mais uma newsletter da IPDT - Turismo e Consultoria, uma conceituada empresa privada portuguesa. Aí fiquei a saber que Aveiro está a candidatar os seus moliceiros a património imaterial da Unesco (oxalá com mais arte e mais sorte que os tabuleiros de Tomar, que nunca mais lá chegam), Almada apresenta o seu Plano Estratégico de Desenvolvimento Turístico, Vila Real de Santo António faz outro tanto, enquanto Albufeira procura a certificação como "destino turístico sustentável".
Em Tomar, eleitos e outros responsáveis pensam que tudo isso é supérfluo. Temos uma enorme bananeira, chamada Convento de Cristo, que já atrai 300 mil visitantes anualmente. Para quê mais? Só dão chatices e nem sequer temos condições dignas de acolhimento. O melhor é portanto continuar deitado à sombra da bananeira, que alguém providenciará as medidas necessárias ao previsível aumento do fluxo turístico. Fátima é só a 30 quilómetros, pelo que ainda estamos na região dos milagres.
Então vamos lá tentar demonstrar o que digo e afirmo.
ResponderEliminarO Turismo é um setor predador , enquanto turismo de massas, e de pouco valor acrescentado.
Os espanhóis que têm grandes operadores turísticos , com faturações de milhares de milhões de euros, têm uma estratégia de preços baixos na maioria dos hotéis , para atrair necessariamente os tesos da Europa, e por isso um dos fatores que pesa e muito são os trabalhadores.
A maioria pouco qualificados e com ordenados mínimos. Horários pesados , fins de semana e feriados , já para não falar de noites, e por isso não conseguem já, como muitos portugueses pagar uma renda de casa.
Por isso os empregadores continuam a dizer que não têm pessoal nos hotéis e restaurantes em particular, e querem continuar a " importar" escravos. Os escravos dá-se de comer e de dormir!
Tomar é um exemplo disso , pois o novo hotel Vila Galé tem como pessoal ,gente jovem, estagiários e estrangeiros e não é dos que pior paga.
O exemplo da República Dominicana, o novo destino de férias baratas nas Caraíbas , tem dominicanos com ordenados de miséria , para permitir que essas cadeias hoteleiras pratiquem preços para tesos e mesmo assim ganhar dinheiro.
Turismo controlado com preços elevados e serviços de qualidade sim, este turismo de massas que descarateriza as cidades e inclusivamente a revolta dos locais não.
Excelente comentário de Zé Caldas, que não é o visado no texto. Esse usa o pseudo Pina. E escrevo excelente comentário, não para passar a escova pelos sapatos do autor, mas simplesmente porque descreve a situação tal qual ela é. Ou seja, o turismo massificado interessa pouco, porque tem muitos inconvenientes, mas é o que vamos tendo e ainda ninguém descobriu como seleccionar antes da fronteira os candidatos a visitantes, de forma a deixar entrar só os de elevado poder de compra, rejeitando os outros, não se vê como. Assim, estamos condenados, tal como os outros países receptores. Temos de ir aprendendo a viver com aquilo que temos e com aqueles que vão chegando como visitantes bem intencionados. Porque os outros...
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