sábado, 8 de março de 2025

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Problemas locais

O Nabão poluído e a Tejo Ambiente

O MIRANTE | Presidente da Câmara de Ourém pondera saída da Tejo Ambiente

Tudo parece indicar que nos encaminhamos para mais uma saga tomarense, na sequência da mãe de todas as sagas lusitanas -a escolha da localização do futuro aeroporto de Lisboa, que já se arrasta há mais de 50 anos. É obra. 
No vale do Nabão somos relativamente mais comedidos. A poluição do nosso rio é fenómeno com mais de meio século, mas só  desde que os socialistas são maioria camarária é que houve promessas, infelizmente vãs, de solução do problema. Que pelos jeitos vai tardar ainda muitos e bons anos, pois o presidente substituto já foi dizendo, em recente entrevista, que a situação do Nabão já foi bem pior. Para bom entendedor...
Com o Nabão pendente, a anterior presidente arranjou outro bico de obra, ao que consta agora, contra a vontade de alguns seus camaradas. Acabou com os SMAS, transferindo para uma nova empresa intermunicipal todas as suas funções e o respectivo corpo de funcionários, estes com direito de opção. Alguns não foram, outros já regressaram à origem.
Tenho a ideia que, numa outra terra, com outra gente e outra dimensão, logo aí a pergunta básica e imediata teria sido PORQUÊ? Infelizmente em Tomar, ninguém a formulou publicamente, pelo que continuamos sem saber o que terá levado a então presidente da Câmara a amputar uma parte do município, e logo a que mais receitas mensais envolve.
Tornou-se evidente, depois do parto na nova empresa, que a senhora em questão terá celebrado igualmente uma espécie de pequena geringonça com a extrema esquerda local. É pelo menos o que se pode deduzir dos sucessivos votos favoráveis da CDU e do BE na AM, nomeadamente quando se tratou de transferir verbas adicionais, a título de capital fixo, para a nova empresa.
Desafortunadamente, tendo conseguido ludibriar os tomarenses, os outros municípios envolvidos, e até conhecidos políticos locais, a ex-presidente acabou confrontada com a triste realidade, quando já está longe: -sucedem-se as roturas, as interrupções de fornecimento, as obras mal calculadas e os erros de gestão, próprios das entidades em início de vida.
Numa reviravolta inesperada, manifestamente fomentada pela extrema-esquerda, a AM votou contra o novo tarifário da Tejo Ambiente, que antes tinha sido ajeitado para facilitar o voto favorável. O resto é conhecido. Protestos de parte a parte, incluindo choque de militantes entre o PSD Tomar e o PSD Ourém (clicar no link supra), a convocatória de uma AM extraordinária para debater a querela, e a CDU exigindo agora a saída da Tejo Ambiente e o regresso dos SMAS. Apetece dizer, que mau ambiente por causa da Tejo Ambiente!
Segundo estabeleceu o Lavoisier, há mais de dois séculos, "as mesmas causas, nas mesmas condições exteriores, produzem sempre os mesmos efeitos". Parece por isso prioritário, em vez de andar a entreter-se com comunicados, conferências de imprensa e sessões extraordinárias do parlamento municipal, conseguir determinar previamente e com precisão, que causa ou causas levaram a ex-presidente a decidir a extinção dos SMAS, com custos elevados para o município. 
Só depois, em função dos resultados, será possível encontrar uma solução aceitável e sólida para a Tejo Ambiente. O simples retorno aos SMAS é um sonho ideológico da CDU e acólitos, legítimo sem dúvida, mas que não resolveria nada, uma vez que continua a ignorar-se qual a problemática que terá forçado Anabela Freitas a cometer tal erro crasso.



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