terça-feira, 15 de agosto de 2023


Política local

E agora?

lopes

"Já estamos habituados a esta formidável governação socialista .
Essa senhora que (ainda) dirige esta autarquia, veio para a comunicação social informar de pompa e circunstância que finalmente tinha acabado com o flagelo dos ciganos na zona do Flecheiro, e que estavam plenamente integrados nos bairros sociais.
Convido essa senhora a vir só visitá-los (antes telefone para o 112),veja as ruas onde eles estão não deixam passar as pessoas, e mesmo a polícia tem medo deles ."


Este comentário foi copiado do site Tomar na rede e parece assaz explícito. A autarquia conseguiu realojar, em condições dignas, toda a comunidade cigana do Flecheiro, num total de 60 famílias e 250 pessoas. Trata-se de uma notável acção social, que só não merece grandes aplausos porque foi mal conduzida e injusta para com alguns outros tomarenses.

Infelizmente, em vez de reconhecer que houve falhas e procurar remediar pouco a pouco, de forma pragmática, consoante a experiência entretanto colhida, a maioria socialista e o seu pessoal superior resolveram passar ao ataque despropositado. Logo que alguém discorda e ousa criticar, descrevendo a situação como ela se apresenta de facto, é  considerado um inimigo a abater,  acusado de má-língua, de dor de cotovelo, e outros mimos do género, mais próprios de gente sem educação que de funcionários superiores e autarcas eleitos.
O comentário acima reproduzido é anónimo, o que lhe pode retirar alguma credibilidade. Mas tem o mérito de ser realista, ao mostrar as coisas como elas  são, tal como observadas, e não imaginadas em cabecitas mal formatadas.. Perante isto, qual a resposta da autarquia? Vai insistir na situação anterior, de desdém para com os adversários, ou finalmente vai reconhecer erros e ouvir os críticos, para depois proceder em conformidade?
Realojar casos sociais e minorias étnicas é relativamente fácil, basta conseguir verbas disponíveis, e a UE facilita muito. Há por esse país fora múltiplos exemplos, que são outros tantos bicos de obra. Integrar as minorias étnicas, que recusam de facto ser assimiladas, eis o grande problema. Seria por isso um erro grave ficar aguardando que os conflitos latentes em todos os locais de realojamento se resolvam por si, sem necessidade de intervenção camarária, uma vez que a experiência disponível, colhida noutros centros urbanos, mostra que, em vez de se resolver, cada situação tende a agravar-se, devido à multiplicação dos assistidos, de tal forma que a partir de certa altura passa a ser praticamente irremediável.  É isso que a Câmara pretende? Intimidar a população que se sente prejudicada, tornando-a de facto  refém de minorias étnicas? Parece. E na política, aquilo que parece...



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