Política local
Autarcas alérgicos a qualquer crítica
Autarquias e bombeiros, os novos tabus – Observador
É bem sabido que temos em Tomar, sobretudo desde 2013, uma maioria autárquica de elevadíssimo gabarito e que nunca falha, com eleitos que por estarem convencido disso e de si próprios, se mostram alérgicos à crítica. Quando ainda assim algum energúmeno, (na óptica deles), como por exemplo quem escreve estas linhas, ousa comentar de forma menos favorável a actuação de suas sumidades sempre competentes, a resposta é imediata. Lamentavelmente, em vez de se defenderem explicando, preferem atacar difamando, tipo peixeirada. Avançam que o crítico abusador é um indivíduo lélé da cuca, (eles dizem maluco, porque não são elegantes na linguagem, mesmo os que vestem bem), ressabiado, invejoso, com mau feitio, e que critica tudo e todos, entre outros mimos. Quanto aos seus apoiantes - seus deles, bem entendido- com medo de perder a gamela, vão louvando os benfeitores e amaldiçoando o desavergonhado, que insiste em macular tão excelentes eleitos. Só não vê quem não quer. É particularmente evidente nos comentários Facebook àquela notícia Rádio Hertz sobre a última barraca do Flecheiro.
Infelizmente para tão excelsos eleitos, e honrados eleitores, habituados a seguir as normas dos seus pastores, vivemos agora, para o melhor e para o pior, numa aldeia global. As notícias viajam muito mais depressa que as pessoas, de tal forma que a actualidade tomarense, daqui a pouco já é conhecida em Vieira do Minho, Paris, Helsíquia ou Tóquio. Mesmo se, para lá de Vilar Formoso, muito poucos estrangeiros são capazes de situar Tomar num mapa do país. Assim, recordando alguns reparos feitos nestas linhas, numa altura em que a líder local, e mentora de tais comportamentos, pouco aceitáveis em democracia, já está noutra, indo agora provar enguias de escabeche e ovos moles para Aveiro, eis o que escreve a jornalista Helena Garrido, no OBSERVADOR de hoje (ver link supra):
"... Mas hoje há autarquias, salvo honrosas exceções, que se concentram menos na qualidade de vida dos seus munícipes, e mais a agradar sem critério às associações, que vão dos bombeiros às coletividades, e ainda mais a gastar dinheiro em festas e festanças, sem que se vislumbre uma estratégia cultural. (Sublinhado nosso) Tudo o resto, vão dizendo que não é competência sua, atirando para outros a sua responsabilidade, ou ignorando simplesmente o problema." E nunca dando explicações para justificar a sua actuação, acrescente-se.
Helena Garrido, Autarquias e bombeiros, os novos tabus, OBSERVADOR online, 01/08/2023.
Só uma pergunta final: Na sua opinião, a Câmara de Tomar faz parte das "honrosas exceções", ou das outras, das gastadoras com subsídios, ciganos, festas e festanças? E você ainda não se arrependeu, caso tenha votado neles? É Tomar a dianteira 3 que diz mal? Ou são eles que não governam de jeito e procuram ludibriar o eleitorado, com uma narrativa já datada?
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