António Freitas
Referem as noticias que a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) apostou forte na divulgação, dinamização e atracção de turistas para o seu território, uma região composta por 13 municípios com um “potencial imenso”, segundo as palavras da presidente da CIMT, Maria do Céu Albuquerque, presidente da câmara de Abrantes. O principal objectivo é poder fixar os visitantes no Médio Tejo durante alguns dias e noites, ultrapassando as meras visitas de algumas horas, no chamado excursionismo, que nem isso temos, pois basta olhar para as condições oferecidas.
Na verdade, a região vive “uma oportunidade única”, com muitos milhares de turistas estrangeiros a chegar a Portugal através de Lisboa e Porto, que têm de ser encaminhados para outros locais. É certo que, por tendência natural, muitos deles ficam pela capital do país ou pela capital do norte, indo a partir daí visitar determinados pontos em concreto. Mas quando entram no território do Médio Tejo, ficam apenas uma manhã ou uma tarde, ou nem isso.
O toca e foge está nas mãos dos operadores de circuitos, e ninguém ainda descobriu. O problema está no turismo receptivo e nas Câmaras, que não sabem dialogar com os profissionais. Será que a Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, com fortes ligações a Tomar, terá dado a receita milagrosa à autarca abrantina, a Anabela Freitas, e a mais alguns autarcas inseridos no Médio Tejo? Essa receita não é, no fim de contas, muito complicada.
Para conseguirem atrair e fixar visitantes, para que fiquem mais do que umas horas e não sejam apenas excursionistas, mas passem a ser efectivamente turistas, que utilizem as nossas camas, temos que ter comércio local vocacionado, instalações sanitárias para visitantes, postos de turismo, sites intuitivos e guias locais com qualidade, bons restaurantes ou classificados para servir o turismo, locais próximos onde possam estacionar os autocarros de turismo, comboios turísticos a funcionar, segurança, limpeza, espaços ajardinados e sem “pastéis de cão”.
E acima de tudo saber receber e saber adaptar os produtos turísticos, quer ao nível do património (sem horários de funcionalismo público), quer quanto à oferta global. Que por exemplo o apregoado eixo Fátima - Tomar passe mesmo a funcionar, bem como uma verdadeira Rota Templária. Caminhos de Santiago bem indicados, com segurança e albergues disponíveis, eventos bem organizados, estruturados e pagos, e não sorvedouros de dinheiro dos nossos impostos, que servem sobretudo para comprar votos (aprendam com o exemplo de Óbidos).
Não adianta continuar a usar palavras bonitas, que se repetem ano após ano, a gastar milhões em estratégias e em novidades como o programa Fátima-Tomar Stayover. Chega de boas intenções. É agora fundamental que apareçam os frutos. De palavreados feitos e repetitivos, enquanto vemos que os outros conseguem e nós não, disso estamos fartos. Fartíssimos!
Texto e foto editados por Tomar a dianteira
Na verdade, a região vive “uma oportunidade única”, com muitos milhares de turistas estrangeiros a chegar a Portugal através de Lisboa e Porto, que têm de ser encaminhados para outros locais. É certo que, por tendência natural, muitos deles ficam pela capital do país ou pela capital do norte, indo a partir daí visitar determinados pontos em concreto. Mas quando entram no território do Médio Tejo, ficam apenas uma manhã ou uma tarde, ou nem isso.
A Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho
Para conseguirem atrair e fixar visitantes, para que fiquem mais do que umas horas e não sejam apenas excursionistas, mas passem a ser efectivamente turistas, que utilizem as nossas camas, temos que ter comércio local vocacionado, instalações sanitárias para visitantes, postos de turismo, sites intuitivos e guias locais com qualidade, bons restaurantes ou classificados para servir o turismo, locais próximos onde possam estacionar os autocarros de turismo, comboios turísticos a funcionar, segurança, limpeza, espaços ajardinados e sem “pastéis de cão”.
E acima de tudo saber receber e saber adaptar os produtos turísticos, quer ao nível do património (sem horários de funcionalismo público), quer quanto à oferta global. Que por exemplo o apregoado eixo Fátima - Tomar passe mesmo a funcionar, bem como uma verdadeira Rota Templária. Caminhos de Santiago bem indicados, com segurança e albergues disponíveis, eventos bem organizados, estruturados e pagos, e não sorvedouros de dinheiro dos nossos impostos, que servem sobretudo para comprar votos (aprendam com o exemplo de Óbidos).
Não adianta continuar a usar palavras bonitas, que se repetem ano após ano, a gastar milhões em estratégias e em novidades como o programa Fátima-Tomar Stayover. Chega de boas intenções. É agora fundamental que apareçam os frutos. De palavreados feitos e repetitivos, enquanto vemos que os outros conseguem e nós não, disso estamos fartos. Fartíssimos!
Texto e foto editados por Tomar a dianteira
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