sexta-feira, 27 de dezembro de 2024



Orçamento municipal

O descrédito local dos velhos partidos

O descrédito local dos velhos partidos, que são também partidos velhos, resulta do trabalho político como aquele a que se assistiu hoje na continuação da Assembleia municipal. Debateu-se o Plano e Orçamento do Município para 2025. O mais importante de todos os documentos, quer se queira ou não. E o que se viu e ouviu?
A CDU e o BE atacaram forte e feio, com é hábito, mas só para os respectivos militantes ouvirem. Na altura do voto abstiveram-se, conforme combinado com o PS no âmbito da geringonça de facto existente a nível local.
O PSD votou contra no executivo, embora demonstrando carência de ideias alternativas, e agora na AM foi o desastre usual. Faltaram quatro deputados municipais na discussão do mais importante documento do ano. Está-se mesmo a ver que, alguns pelo menos, se venderam por um lugar à roda da gamela, e agora nem sequer apareceram, para baralhar o pessoal e porque não se assumem. O partido votou contra, mas sem qualquer hipótese de efeito prático, por falta de efectivos. Estou curioso para saber como vão justificar estas actuações, e outras parecidas, durante a próxima campanha eleitoral. Se calhar nem explicam, por recato.
O PS embandeira em arco, como é lógico e habitual. Conseguiu endrominar a oposição maioritária na AM, o que não é pouca coisa, mas não logrou esconder a forma como o alcançou: Comprando votos onde os há, a troco de cada vez mais despesa na área cultural e das colectividades. Quanto ao Plano e Orçamento é apenas mais uma edição de documentos anteriores, quase completamente desligados da realidade local e nacional. E o mais fraquito da zona em termos quantitativos, em 4º lugar após Ourém, Alcanena e Abrantes.
Há algumas obras previstas, é certo, mas nenhuma nos sectores básicos, que exigem soluções cada vez mais urgentes: Estacionamento junto ao Convento? Estacionamento para autocarros de turismo e camiões TIR? Estacionamento para visitantes na área urbana? Ligação rápida não poluente cidade-convento? Plano local de desenvolvimernto turístico? Outras estruturas de acolhimento? Era bom era, mas nada está previsto. E sem planos prévios, o que vai o PS apresentar durante a próxima campanha eleitoral? A conversa fiada habitual?
Em relação às últimas autárquicas, em 2021, o Chega tem agora 50 deputados e a Iniciativa liberal vai crescendo. Se os socialistas e social-democratas locais estão a contar com a habitual passividade do eleitorado tomarense e com as políticas assaz peculiares do BE e da CDU, tenho a impressão que estão preparando um belo funeral, daqueles com música e tudo, à moda de Nova Orleães. (ver imagem)


2 comentários:

  1. Eu já aqui elogiei as capacidades do presidente mas acho que esteve muito infeliz nesta assembleia. O presidente Cristóvão disse coisas inacreditáveis para mim, que já sou velho e tenho um bocadinho de mundo. O problema de Tomar não é o emprego mas sim a habitação???!!! Muita gente OPTA por viver em Tomar e trabalhar em Lisboa pela qualidade de vida e não se importa de gastar 4 horas do dia em viagem!!!! Não sr.presidente, ninguém OPTA por viver em Tomar e trabalhar em Lisboa, é lhes imposto pela vida, é uma necessidade. Os trabalhadores da limpeza "trabalham" das 7 da manhã ás 1330 para terem a tarde livre para o biscate, para complementarem o magro ordenado. Ganham muito mais no privado!!! Por isso é que as ruas estão tão limpas!!!

    Ele esteve muito mal, tal como os deputados da oposição. Até o do CDS!!! Video vigilância não é solução para o problema da segurança, incubadoras de empresas para quê? Para ficarem ás moscas?!!! Que o dinheiro para o desenvolvimento económico não é suficiente!!! Onde está o liberalismo do PSD.

    O edifício não é climarizado, segundo o presidente disse já foi feito um projecto, que é complicado porque envolve muita burocracia e estão á espera de financiamento, 300 mil. Mas parece que já foram gastos 200 mil.

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  2. E o presidente, como bom aldrabão que é fica-se pelas meias palavras. Que quando chegou á governação tinha 6 jardineiros, mas que agora são muitos mais. Quantos mais, pergunto eu??? Que na viragem do século eram 26. Mas que também agora os espaços verdes são muitos mais. Os 200 mil euros afinal não foram para o projecto mas sim para substituir as janelas.

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