Imagem TNR, com os nossos agradecimentos.
Falta de estacionamento urbano
Acossado pela realidade local, o presidente da Câmara procura defender-se com uma argumentação balofa, talvez sugerida pelos seus conselheiros locais "esquerda unida"
Como qualquer outro cidadão, eleito ou não, Cristóvão tem o direito inalienável de defesa, o chamado recurso ao contraditório. Convinha era que o exercesse em conformidade com a sociedade aberta em que vivemos, modelo que não parece ser muito do seu agrado, apesar de eleito numa lista do PS, o partido da Fonte luminosa e do 25 de Novembro.
Certamente por isso, em vez de responder frontalmente às queixas da informação e dos eleitores locais, refugia-se na esperteza saloia, na alusão lateral, numa atitude confrangedora. Porque, uma de duas: Ou o presidente camarário substituto acredita mesmo naquela infantilidade que lhe disseram para usar, e então está a agir como uma criança mimada e desorientada; ou então, porque é um cidadão bem formado e informado, sabe tratar-se de uma aldrabice, mais uma, e apesar disso serve-se dela para tentar intrujar os eleitores, o que é de um cinismo repugnante, raramente usado na política nabantina.
Seja como for, todos os interessados sabemos bem que, desde o início, em 2013, a principal preocupação da maioria PS esquerda unida, tem sido a redução acentuada dos lugares de estacionamento na urbe. Além da redução ocorrida nas artérias do centro histórico, com a proibição de estacionamento, em cada obra camarária tem havido sempre redução de lugares de estacionamento. Só no caso lamentável da Várzea grande é que a então presidente se viu forçada a contratar com a REFER o parque agora existente de 300 lugares, equivalentes à anterior capacidade da Várzea com buracos.
Com o parque automóvel em acelerada expansão, e apesar das cada vez mais frequentes queixas dos cidadãos, ao invés de providenciarem os indispensáveis, urgentes e grandes parques de estacionamento na área urbana e junto ao Castelo-Convento, a actual maioria distraiu-se. Nas futuras obras de saneamento e reabililitação da Av. Cândido Madureira já está prevista a supressão de mais 20 lugares de estacionamento. 14 frente à Mata e 6 junto à Rotunda, estes para dar lugar a outros tantos lugares para táxis, repartidos com a Rua dos Arcos. É assim que pretendem resolver o problema de estacionamento urbano, acabando com ele pouco a pouco? Não estarão a confundir com tratamento de um cancro?
Na sua tosca comunicação, Cristóvão garante que já fez dois ajustes directos, que vão resolver o problema do "parqueamento inteligente". É possível. Mas se e quando tal vier a acontecer, teremos uma realidade em simultâneo cómica e desoladora: todos os lugares, ou pelo menos a esmagadora maioria, estarão sempre ocupados na horas mais úteis, como já acontece, e adeus utilidade do sistema inteligente. Vai ser como dizia um velho tomarense: "Agora com o deve e o haver, devia haver mas não há."
Em boa verdade, está previsto para Outubro próximo um "ajuste directo", esse sim capaz de resolver não só o problema grave do estacionamento urbano, como vários outros, nomeadamente a ligação rápida não poluente entre o centro histórico e o castelo. Basta que os eleitores tomarenses resolvam finalmente ir votar e saibam escolher. Todos. Não só os da gamela. Destes, que já mostraram ser inteligentes de curto alcance, estamos fartos.
É simplesmente ridículo e humilhante a maneira como a câmara "abre as pernas". É incompreensível como a câmara contrata um serviço e depois ainda tem de ir fazer um ajuste directo. A empresa que fez o software, a softinsa, deu um lucro de 2M€ em 2023, depois de tudo pago sobrou 2M€!!!
ResponderEliminarJá agora gostava de chamar a sua atenção para algo que lhe deve ter escapado, que foi uma entrevista que o presidente da Câmara Municipal do Entroncamento deu ao jornalista Feliciano da rádio Hertz á cerca de 6 meses atrás em que o presidente de disponibilizar para arrendamento acessível, a famílias que não ultrapassem um determinado montante de rendimentos, no Entroncamento dezenas de habitações com qualidade superior ás das disponibilizadas no mercado e por menos de metade do preço. O presidente socialista até deu o exemplo de uma casa T2, não é apartamento mas sim tipo vivenda, com um pequeno jardim, com uma renda de 294 euros que no mercado normal ía para mais de 600 euros, sem terem tanta qualidade!!! Foram casas compradas e restauradas com fundos da bazuca, o PRR. Se tiver interesse eu mando-lhe o link para assistir....