Vista geral da avenida marginal de Balneário Camboriú, com o teleférico ligando à montanha em primeiro plano.
Indústria turística e hoteleira
Balneário Camboriú:
uma estação balnear com eleitos competentes
Estava a ver a CNN Brasil, quando passou uma reportagem sobre a cidade de Balneário Camboriú, no Estado de Santa Catarina, da qual nunca ouvira falar antes de vir para Fortaleza. Fica no litoral brasileiro, que tem 7.491 quilómetros de extensão, contra 943 em Portugal, a 80 quilómetros de Florianópolis, capital do Estado, 1040 do Rio de Janeiro, 613 de S.Paulo e 1.571 de Brasília, a capital federal. Tinha em 2022 139.155 habitantes e Tomar apenas 40 mil.
Vivem sobretudo do turismo, que aumentou 14% nos últimos 12 meses, segundo a reportagem. Têm muito mais hotéis que em Tomar, mas curiosamente, consultado o site de reservas, concluiu-se que o hotel mais caro do Balneário é o Mercure, 4 estrelas, da cadeia francesa Accor, a 122€/noite, para duas pessoas c/ pequeno almoço, enquanto o mais caro de Tomar é o Vila galé, a 133€/noite, também para duas pessoas c/pequeno almoço.
É quase a única semelhança porque, ainda segundo a reportagem, o turismo deles é do tipo MICE - Meetings, Incentives, Conferences & Exibitions e em Tomar nada se sabe a tal respeito. A reportagem continuou, indicando a origem dos turistas, as idades e as profissões, bem como os meios de transporte utilizados, pelo que fui logo a seguir à Net, buscar dados semelhantes para Tomar, de forma a poder comparar. Foi uma tarefa em vão, pois apenas encontrei, no site do INE, a taxa de ocupação hoteleira em Tomar, que foi de 64% em 2023, comparável à do Balneário Camboriú, de 64,5%, no mesmo ano. Mas Tomar tem muito menos capacidade hoteleira.
Outras buscas na Net permitiram-me ficar a saber que por aqueles bandas há estacionamento suficiente, acolhimento à altura, transportes não poluentes (ver imagem), animação cultural apenas adequada e planeamento constante, com apoio de consultas regulares aos visitantes. Só não têm qualquer património da humanidade, festa de milhão e meio de euros, ou candidatura à UNESCO, se calhar porque fazem parte do MERCOSUL, que ao contrário da União Europeia, não dá subsídios a fundo perdido, nem sustenta cavalos e éguas de Estado, bons na exibição mas fracotes na execução.
ADENDA
Para melhor compreensão, acrescenta-se que Tomar foi fundada por Gualdim Pais, que concedeu o primeiro foral em 1162. Tem portanto 862 anos. Balneário Camboriú foi desmembrado de Camboriú, que fica a 7 quilómetros, em 20 de Junho de 1964. Tem assim apenas 60 anos como município (prefeitura). Camboriú, por sua vez, pertenceu a Itajaí até 1884, mas os primeiros colonizadores portugueses instalaram-se na região em 1758, há 366 anos. Nota-se na imagem supra que os prédios têm medrado mais por lá...
Fica ao pé do mar e o turismo é tipo MICE???!!! MICE é em Tomar que não tem praia.
ResponderEliminarPois a habilidade de quem sabe é mesmo essa. Acrescentar uma vertente ao turismo de praia ou turismo balnear. Neste caso com a clientela MICE, de muito maior poder de compra. Em Tomar desde há muito que há efectivamente algum turismo de negócios, ou MICE no Hotel dos Templários, e agora também no Vila Galé. Os outros não têm dimensão nem estacionamento. O turismo camarário é bem capaz de nem saber do que se está falando...
EliminarAcabo de ler no tomarnarede que vai haver "música???!!!!" em Tomar para a passagem do ano. Não é costume pois não???!!! Deve de ser por causa das eleições. Se é que se pode chamar música àquela merda, é um barulho horrível, quem gosta daquilo tem problemas psicológicos profundos. Quanto é que não ficará aquela porcaria ao contribuinte? Votos de um bom ano para o professor e leitores TAD3.
ResponderEliminarO preço do ajuste directo foi publicado: 17.800 euros. Obrigado pelos seus votos de bom ano novo. Igualmente para sí e para os seus.
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