Clima de insegurança na cidade
Procrastinar para continuar a governar-se
O texto seguinte tenta ser um exercício de análise política a nível local, feito por um amador. O autor nunca foi nem é jornalista ou analista político, mas tem alguma experiência de vida e, de acordo com os tradicionais parâmetros escolares, "compreende o que ouve e lê quando escrito em português; expressa-se oralmente e por escrito com alguma correção." Acrescente-se que não tem qualquer interesse particular em "dizer mal" ou "dizer bem" da política ou dos políticos locais, simplesmente porque já não tem idade para ser candidato ou participante activo. Dito isto, vamos aos factos.
Desde há anos que se sente na cidade um desconfortável clima de insegurança, sobretudo nos bairros sociais, mas não só, provocado por incidentes com origem sobretudo na comunidade cigana local. A situação tem sido agravada por queixas de moradores nalgumas zonas urbanas, mas também por inconfidências de alguns agentes da autoridade que asseguram haver ordens superiores, com origem na autarquia, no sentido de usar de benevolência para com a comunidade calé.
Procurando ultrapassar pela positiva um tal estado de coisas, a oposição do centro para a direita tem-se esforçado, embora não o suficiente, no sentido de se instalar na cidade um sistema de videovigilância, naturalmente ligado às e vigiado pelas forças de segurança.
A partir do momento em que houve deliberação para implementar a videovigilância, tem sido evidente a manobra camarária no sentido de ir protelando, alegando a colaboração com a PSP e a necessidade de escolher o melhor material ao mais baixo preço. Na verdade, ansiando por câmeras capazes de filmar só a realidade conveniente, coisa que infelizmente ainda não há no mercado.
Após meses adiando, quando se começou a tornar incómodo tanto empenhamento em não instalar o pretendido sistema, mudou-se de argumentação:
Aceitando de bom grado esta justificação, pois tratando-se de dinheiros públicos a parcimónia nunca é demasiada, admite-se naturalmente que não se trata de evitar a todo o custo que possam aparecer imagens menos agradáveis de videovigilância antes das próximas eleições. Surge todavia uma pergunta pertinente, mas talvez desconfortável: Nessa nova lógica de fracionamento de gastos dos previstos 500 mil euros, caso o PS ainda esteja no poder, a próxima Festa dos tabuleiros, com um custo previsível da ordem dos dois milhões de euros, também vai ser por fases, tipo saída das coroas em 2027, cortejo dos rapazes em 2028, jogos populares em 2029 e assim sucessivamente? Aguardam-se esclarecimentos a respeito, pelo menos durante a próxima campanha eleitoral, dentro de dez meses...
A video vigilância é um disparate, não vai resolver o problema da falta de segurança e vai incutir nas pessoas uma falsa sensação de segurança. Os larápios roubam telemóveis e smart watches da worten que tem video vigilância, os presos evadem-se da cadeia com video vigilância, enfim, podia dar um sem número de exemplos.
ResponderEliminarAs pessoas até podem vir a relaxar e a não terem tantos cuidados com a segurança. Os jovens vão continuar a grafitar as ruas. O problema da falta de segurança é a falta de agentes da PSP para andarem na rua. Que políticos tolos...!!!
Bom Natal Helder!
EliminarA videovigilância não é o remédio milagroso que tudo resolve. Mas ajuda a controlar comportamentos menos aceitáveis. É por isso que a Câmara vai protelando o mais possível a instalação das câmeras, para que não haja imagens reveladoras de como as coisas são, antes das próximas autárquicas. Ou estarei a ver mal?
Exagerando um pouco para ser mais explícito, parece haver algo de salazarista na política camarária. O Salazar mandou terminar toda a correspondência com o dístico "Tudo pela nação, nada contra a nação.". 50 anos mais tarde a Câmara de Tomar é do tipo "Tudo pelos ciganos, nada contra os ciganos." É por isso que a videovigilância não lhes convém, pois pode mostrar quem são mesmo o prevaricadores. Não todos, claro. Mas uma boa percentagem.
Um bom Natal também para si. As imagens de video vigilância não serão divulgadas, ficam só para a polícia, porque as leis não o permitem. A Judiciária divulgou as caras dos fugitivos de Vale de Judeus e os advogados reclamaram a violação da privacidade. Se o Professor entrar nas páginas de Facebook das várias polícias não vê nenhumas imagens de video vigilância a pedir ajuda á população para identificar os sujeitos. Aqui na Inglaterra eles fazem-no, em Portugal não. O sensação da falta de segurança é por causa da falta da polícia. Antigamente as pessoas gritavam: "ó da guarda, ó da guarda, acudam" e hoje têm de ligar para o 112. Eu já aqui escrevi que á poucos anos assisti a uma cena no café infantaria 15 ao pé do cine teatro, onde 8 a 10 ciganitos menores de idade invadiram o café, eu estava a ver o jogo do Sporting, e os ciganitos estavam a beber álcool. O homem estava cheio de medo. Eu estava a olhar para a cena e os ciganitos aperceberam-se e quase me confrontaram. O Professor não vê um polícia apeado a fazer o giro como acontecia há 25 anos atrás. Não há, por causa da influência dos sindicatos que mandam tanto como os comandantes gerais e directores nacionais!!!
EliminarNenhum político disse isto na assembleia, o problema da falta de polícia é a falta de polícia. Disseram que o problema é a falta de video vigilância. O orçamento são 500 mil euros mas vai ficar mais caro, vai derrapar!!! Espero que os pombos caguem nas câmeras, especialmente nas lentes. Para que é que a polícia quer câmaras a controlar as saídas e entradas de Tomar???!!! A PSP deu com os grafiteiros, dois jovens de 28 e 29 anos por acaso, íam lá por causa de outro assunto. O Professor veja que grafitaram o centro da cidade TODO e a DIVISÃO policial da PSP tem uma esquadra de investigação criminal não consegui pistas para identificar os indivíduos. Era de esperar que os agentes de investigação criminal, a chamada inteligência, chamam-lhe os furões, tivessem informadores. A inteligência da PSP não conseguiu identificar os jovens, e veja a quantidade de grafittis que eles fizeram!!!
Há também mais duas coisas que achei interessantes e para as quais lhe quero chamar a atenção que aconteceram na última reunião de câmara que foram o momento de tensão entre presidente Cristóvão e o vereador Carrão que preparou a reunião de uma determinada maneira e o Cristóvão trocou-lhe as voltas; "Faça lá todas as perguntas de uma vez sr.vereador", "mas são muitas sr.presidente, eu prefiro ir fazendo as perguntas em grupos!!!". "Faça lá as perguntas todas de uma vez sr.vereador"."o sr. não pode fazer isso sr.presidente, eu tenho o direito a intervir como quero!!!". "Não posso???!!!!. Eu tenho o direito de não lhe dar a palavra, o sr.vereador não pode falar sem eu lhe der a palavra!!!"
ResponderEliminarCuriosamente na última reunião de câmara o vereador Carrão lançou uma proposta que foi de o município louvar os comandantes da PSP de Tomar, como é divisão policial será por norma um subintendente, equivalente a um major da GNR. Se fosse uma esquadra de polícia seria normalmente comandada por um comissário, equivalente a um capitão. Diz o vereador Carrão que os oficiais escolhem os lugares também a pensarem nestas coisas dos louvores.
A visão do vereador Carrão está totalmente errada, a câmara devia era de louvar os agentes, chefes e oficiais que se destacassem ao serviço da população e não o comandante. O presidente também respondeu: "Mas depois temos de louvar todos, os comandantes da GNR, do RI15, do presídio, etc...., e inclusive alguns funcionários da própria câmara o que eu achei muita graça. Os louvores são em diário da República obviamente.
Gostava ainda de saber se ainda há guardas noturnos em Tomar? Eu antigamente via, hoje já não. Ainda há???!!! O meu pai, já falecido, contava que tentou ajudar um amigo a entrar em casa da mãe, ali ao pé do parque de campismo, e o guarda noturno detectou-os e apontou-lhes a arma. O meu pai contou que disse ao guarda noturno: "Vire para lá essa merd@ que não me mete medo". Mas o guarda noturno funcionou, já não me lembro qual era o motivo de o amigo querer entrar á socapa em casa da mãe mas ficou tudo esclarecido e não houve problema. Eu lembro-me perfeitamente de os ver antigamente e quando aí vou ando pelas ruas frequentemente de madrugada e não os vejo!!! O que é que estes políticos querem? Vão gastar mais de 500 mil euros em algo que é acessório e não cuidam do essencial que é ter gente na rua, com rotas aleatórias. Hoje usam o patrulhamento de carro com os pirilampos ligados em modo permanente, não piscam, e um ladrão que esteja debaixo do carro a roubar o catalizador nota aquela luz muito intensa á distância e já sabe o que aí vem, deixa-se estar quieto até que o carro passe. Nenhum político apontou a falta de patrulhamento nas ruas como causa desta sensação de falta de segurança, foram logo para a video vigilância. Há técnico superior disto e daquilo e não há o básico como guarda noturnos. Vergonha!!
ResponderEliminarEu ando muito pelas ruas de noite porque eu trabalho de noite logo tenho os sonos trocados. Quando vou de férias 15 dias custa-me a reverter-los. Como disse passeio frequentemente de madrugada por Tomar de madrugada sem ver ninguém.
ResponderEliminarTem razão Helder. É uma vergonha e não só nessa área do patrulhamento a pé, que dantes havia mas acabou. Por causa do sistema eleitoral que temos, quase todos os eleitos são políticos amadores armados em grandes profissionais. Nunca admitem que são menos competentes. É sempre a errar e a gente a pagar. Ganda país! Ganda Tomar!
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