Imagem copiada de Tomar na rede, com os nossos agradecimentos.
Brincar com o fogo,
usado por extremistas como arma política
Um comentador, que escreve bastante bem coisas menos fáceis, resolveu publicar uma opinião irónica sobre o recente incêndio que consumiu alguns ecopontos na Cavaleiros de Cristo: Incêndio destruiu ecopontos | Tomar na Rede
Não sei se terá sido boa ideia. Pedindo desculpa pela sinceridade crua, é bem conhecida a fraca percentagem de leitores tomarenses, e entre estes a fina e quase inexistente camada dos que conseguem perceber quando um texto é irónico, dramático ou simplesmente informativo. E assim passará quase despercebido, em todo o caso não compreendido, mais um acto de evidente subversão política, cuja origem parece óbvia, mesmo se difícil de provar.
Aquele incêndio, às 3 da manhã de uma noite fria, e numa pacata cidade provinciana, poucas horas após ter terminado a sessão de repescagem da AM sobre o 25 de Novembro, sem a presença da esquerda unida, mas com o presidente Cristóvão ocupando finalmente o seu lugar protocolar, tem todas as características de fogo posto, por gente de extrema esquerda, ou a seu mando, com o intuito de avisar quem (ainda) está ao leme da velha barcaça nabantina.
Pretendem dizer aos autarcas que, sem a usual política de apoio e protecção aos desvalidos e outras minorias, não poderá haver de facto maioria de esquerda unida, e sem isso, adeus poder autárquico em Tomar, que a votação rosa é curta. Maneira de prevenir eventuais tentações socialistas, no sentido de rumar mais ao centro, com menos festarolas, menos realojamentos e menos ajustes directos artísticos. O mesmo que estão fazendo ao governo PSD/CDS, com uma série de desgraças ocasionais, alavancadas pela via laboral com um alinhamento de greves demasiado oportunas.
Logo veremos se entretanto a ala moderada do PS local entendeu a mensagem, ou consegue finalmente impôr a sua posição, sendo certo que tanto o BE como a CDU ou o PCP, vão garantir que são completamente alheios ao uso de actos de vandalismo, como por exemplo fogo posto ou grafitos, enquanto armas políticas.
2025 ainda nem começou e já se anuncia bem movimentado na habitual pasmaceira política nabantina, apesar do estranho silêncio do Chega no meio de tudo isto...
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