quarta-feira, 19 de abril de 2023

 


Votação do Provedor Municipal

Uma sessão da AMT modelo filme do Oeste?

Marcada finalmente para 28 de Abril, a próxima sessão da AMT será como nos filmes de cowboys. Vai haver um duelo final, que no caso será no 2º ponto da OT -Votação do provedor municipal. Ou melhor: seria, conforme indica a própria convocatória oficial. "Votação da proposta de nomeação do provedor...", ao contrário de todos os outros pontos, em que se escreve "Discussão e votação", como é normal num parlamento.
A indiciar, "sans le vouloir, que les jeux sont faits". Como nos casinos, que é muito mais chic. Adeus portanto ao almejado duelo final entre pró-provedor e contra-lacaio rosa. Os recentes subsídios às colectividades removeram os principais obstáculos, e duas ajudas extraordinárias a dois atletas locais fizeram o resto. Haverá assim votos favoráveis que cheguem, como na Tejo Ambiente, ou no mínimo abstenções. Ou estarei a ver mal? Em qualquer caso, da fama não se vão livrar. A menos que a prevista votação saia furada. Em Tomar, no contexto actual, onde já cheira a final de reinado, tudo é doravante possível. Até aparecer o director de um semanário salazarista a louvar o 25 de Abril em editorial, porque entretanto a autarquia financiou o periódico, numa operação muito duvidosa de avanço sobre publicidade. Que mais me irá acontecer?
Na melhor das hipóteses, restará parabenizar o provedor municipal, eleito graças aos votos votos desportivos, e por isso com mais esse atributo.
Tal como em Tomar, a nível nacional as coisas não correm nada bem para o PS. Nas celebrações dos seus 50 anos, Ana Benavente, Manuel Alegre e António Campos, todos "do tempo do Mário", como quem escreve estas linhas, excluíram-se. E dos cinco líderes ainda vivos, só dois compareceram ao jantar comemorativo, apesar de convidados. Já nem a gamela basta para calar e unir. Por conseguinte, a alegada má-língua e as evidentes divergências públicas não acontecem só em Tomar. A nomeação forçada do provedor municipal, a acontecer, é apenas mais uma, com contornos de "política de carroceiro". Triste sina a da terra gualdina!

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