sábado, 8 de abril de 2023

Política de habitação

Há falta de casas em Portugal? 

Ou falta de condições para o mercado do arrendamento funcionar?

Mão amiga sempre atenta, fez chegar a TAD3 um recorte do EXPRESSO, com dados estatísticos surpreendentes. Ao contrário do que a política governamental e local levam a pensar, há centenas e centenas de milhares de casas devolutas por esse país fora. Naturalmente com destaque para Lisboa e Porto, mas também com alguma abundância no concelhos pequenos, como o nosso, a que em Portugal chamamos médios. Na nossa região temos, por ordem decrescente

Santarém..... 5 651 alojamentos devolutos
Abrantes...... 5.192            
Alcobaça......5.158
Ourém..........4.923
Tomar...........4.456

São números impressionantes, uma vez que representam em todos os casos mais de um alojamento vazio por cada dez eleitores. O que tende a demonstrar que na verdade não há falta de casas em Portugal, nem má vontade dos proprietários. Parece não haver de todo é condições administrativas, e outras, susceptíveis de incitarem os senhorios a mandar arranjar, alugar ou vender. Devem portanto o governo e as autarquias ouvir os proprietários dos fogos devolutos e aceder aos seus anseios justos, em vez de se lançarem em mais habitação social sem conta nem peso nem medida, o que tenderá a acentuar ainda mais a ideia de país de assistidos. E bem sabemos que casos semelhantes acabaram por não dar bom resultados, com a implosão do bloco de leste no final do século passado.

1 comentário:

  1. O principal problema é não haver dinheiro para reabilitar prédios degradados. Em Tomar houve dois negócios anunciados com euforia: o do casarão ao lado dos CTT e a Gráfica. Está tudo na mesma, nem vestígios de intervenção.
    A própria Praça da República está numa miséria.
    Por falar nisso, cuidado com os riscos de ruina de muitos prédios na zona histórica, alguns deles da Misericórdia, com bocados em risco de caírem. Nalguns, estão aparelhos de ar condicionado no exterior que não dou nada pela sua fixação.
    Existem mecanismos de intervenção que não são usados e a proposta é a de aumentar IMI para o dobro.
    No fundo até dá jeito para aquele discurso de que os investidores não vêm porque não têm onde alojar os seus milhares de funcionários.

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