sexta-feira, 7 de abril de 2023


Autarquia

O provedor vai ficar pelo caminho?

Após a múltiplas peripécias conhecidas, a presidência da Câmara acabou por obter uma vitória pírrica. Venceu a votação para a nomeação do provedor do munícipe, mas registou os votos contra da oposição PSD. O mesmo é dizer que o indigitado, se alguma vez chegar ao almejado lugar, irá ferido de asa, o que para o caso é fatal. Que autoridade moral, que imparcialidade poderá ostentar um provedor nomeado por apenas metade do executivo municipal?
Em circunstâncias normais, o problema teria sido facilmente ultrapassado, escolhendo-se por consenso um outro nome. Não foi contudo esse o entendimento da presidência, que todos sabemos obstinada e muito "quero posso e mando, publique-se". O tempo vai passando, e a pouco mais de dois anos do final do mandato, tudo indica que prosseguem, com pouco ou nenhum sucesso, os arranjinhos tendo em vista a aprovação na Assembleia Municipal. Pode ser que agora, com os cortejos das coroas, apareçam deputados municipais com o coração mais sensível. Comezainas bem regadas são geralmente fortes adjuvantes...
Em todo o caso, semelhante aventura com algo de burlesco já manchou irremediavelmente a imagem da maioria PS na autarquia. Ainda que venham a conseguir, mediante compra, os votos necessários para uma maioria de circunstância, aquela parte do eleitorado tomarense que ainda não desistiu de pensar, já concluiu que infelizmente temos desde 2013 uma maioria que é só fogo de vista. Como o governo Costa. Se até o histórico Manuel Alegre já recomenda que não percam o sentido crítico... 
Entretanto Tomar vai continuando a definhar.

 

Sem comentários:

Enviar um comentário